segunda-feira, 6 de novembro de 2023

15ª OFICINA DO ANO DE 2023

  15ª OFICINA DO ANO DE 2023

                                                           Setembro de 2023


Neste encontro do curso Promotoras Legais Populares do Distrito Federal e Entorno, ocorrida no dia 02 de setembro de 2023, no Núcleo de Prática Jurídica da Universidade de Brasília em Ceilândia - DF, iniciamos as atividades da oficina com uma dinâmica de descontração, em um exercício de receber e proporcionar carinho e afeto entre as participantes, aliviando as dificuldades da semana por intermédio de uma massagem em grupos. Atentando-se para os limites do conforto e do consentimento corporal entre as integrantes, o exercício deu viés para um debate a partir do questionamento de como se compreende o afeto na vida pessoal das presentes, e em como ele é percebido e melhor apreciado por cada uma.

Em sequência, foi proposta uma dinâmica pautada na imagem corporal, em que se propunha a construção de uma colagem, por meio de imagens e recortes de figuras e corpos variados reunidas pela facilitação. Esta atividade se dividia em dois momentos, um primeiro em que se visava reconstruir uma imagem ideal tida na infância, e posteriormente uma construção presente da percepção corporal e imagética das participantes, propiciando uma reflexão acerca da autonomia corporal e da autopercepção.

Posteriormente, seguida de uma pausa para o lanche comunitário, deu-se início a uma discussão reflexiva e livre a partir da pergunta “no que você se acha foda?” permitindo um momento de  entrosamento e reafirmação das qualidades e habilidades das cursistas.

Por fim, a dinâmica de encerramento se baseou em uma reversão criativa, iniciada com um depoimento do que cada uma das presentes diria para alguém que é de sua admiração,  confidenciando este para  uma caixinha passada de mão em mão, contendo em seu interior um espelho, de modo a reafirmar a admiração em si e revigorar a confiança para a semana que se segue.

 

Um agradecimento às leitoras e leitores,

Atenciosamente

Relato da cursista: Luara Martins






14ª OFICINA DO ANO DE 2023

 14ª OFICINA DO ANO DE 2023

Setembro de 2023


Reunimo-nos para debater sobre um tipo de comportamento que tem se acentuado gradualmente na sociedade brasileira: o relacionamento abusivo, que em alguns casos, torna-se um comportamento mais grave que está designado como violência doméstica, tema que também foi pauta neste dia.

Depois de identificar as formas de violência a que a pessoa pode estar sujeita, por viver numa relacionamento abusivo, também conversamos e mutuamente nos informamos sobre as maneira de enfrentar e quiçá eliminar a violência doméstica das vidas das vítimas.

Normalmente, o relacionamento abusivo, e como consequência, a violência doméstica ocorrem em relações heteroafetivas entre cisgêneros, os homens são os agressores das mulheres.

No entanto, a violência doméstica, em raros casos pode ocorrer ao inverso, ou seja, mulheres agressoras dos homens, e ainda pode ocorrer em relacionamentos homoafetivos.

Existem variadas formas de cometer a violência doméstica, e importante dizer que esta nomenclatura, não significa que acontece apenas no ambiente do lar, mas significa no âmbito do relacionamento afetivo, conforme a seguir:

Violência Psicológica:

➢ Controle;

➢ Isolamento da vítima de acesso aos seus amigos e familiares;

➢ Interrupção ou explicação de sua fala ou forma de se expressar;

➢ “Gaslighting” – Termo em inglês que significa “manipulação”, o agressor manipula os

sentimentos, emoções e pensamentos da vítima, a fim de torná-la descredibilizada. Por exemplo, numa discussão de casal, o agressor pode dizer: “Só pode ser coisa da sua cabeça!” ou ainda “Você anda sensível demais!”, etc;

Violência Moral:

➢ Humilhar e/ou degradar a imagem a vítima em público presencialmente ou virtualmente, destruindo sua reputação;

➢ Expor a vítima à chacotas publicamente, etc;

• Violência Patrimonial:

➢ Controle de suas contas bancárias e bens patrimoniais;

➢ Explorar e/ou extorquir a vítima;

➢ Falência financeira;

➢ Confiscar o uso de documentos pessoais e bens

➢ Impedir de trabalhar fora de casa, etc;

Violência Sexual:

➢ Assédio;

➢ Importunação;

➢ Controle e/ou recusa à contracepção;

➢ “Stealthing” – Termo em inglês que significa a conduta da retirada do preservativo durante a relação sexual, sem o consentimento da outra pessoa;

➢ Exposição na internet de fotos, vídeos, áudios, mensagens de texto, por meio das redes sociais ou não;

➢ Estupro, etc;

Violência Física:

➢ Beliscões;

➢ Tapas;

➢ Empurrões;

➢ Puxões de cabelos;

➢ Espancamento;

➢ Cárcere Privado;

➢ Tortura;

➢ Morte.

Diante desta descrição detalhada do que significa a violência doméstica, o objetivo principal é que as vítimas se reconheçam nestes descritivos e que elas e, possíveis testemunhas não se amedrontem e denunciem essas condutas criminosas, para que os agressores possam ser punidos pelo sofrimento que causaram às suas vítimas, e finalmente num futuro próximo, as pessoas deixem de praticar essas condutas hediondas.

Os mecanismos de enfrentamento ainda carecem de reformas e além disso, um maior

engajamento das autoridades para a criação de novos, mas atualmente há vários mecanismos deo combate à violência doméstica.

Foi criada a Lei nº 11340/2006, popularmente conhecida como a “Lei Maria da Penha”, que tem essa nomenclatura por recordar o nome da mulher que foi agredida por seu marido, e sofreu lesões por todo o corpo devido ao espancamento, e que devido à sua luta por direitos, perante este crime sofrido, essa mulher conseguiu que se torna-se lei o reconhecimento e a punição da conduta que a deixou paraplégica e quase morta.

A partir da criação da Lei Maria da Penha, os assuntos de relacionamento abusivo e violência doméstica passaram a ter mais divulgação e tornou-se um pouco mais fácil proteger as mulheres dessas agressões e até mesmo da morte.

A existência da DEAM – Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher auxilia muito a coibir e administrar os crimes de violência doméstica, no entanto, diferente do que acontece atualmente, o horário de funcionamento deveria ser pelo período de 24hs, em todos os estados da federação, bem como todas as funcionárias deveriam ser mulheres, pois que haveria melhor empatia e competência para o trabalho a ser desenvolvido com as vítimas, mesmo que o trabalho seja basicamente orientação e encaminhamento jurídico, pois que a maioria das vítimas são mulheres.

Há também o Disque 180 para denúncia de violência doméstica, mas em caso de ocorrência emergencial de violência, o telefone correto é o 190, pois que a polícia é que tem autoridade para conter e prender o agressor.

Em caso, da mulher obter medida protetiva contra seu agressor, e já que em muitos casos, a mulher por depender financeiramente do agressor, pode vir a ficar sem moradia, foram criadas as "Casas da Mulher Brasileira”, local onde a mulher pode encontrar abrigo, atendimento psicológico, encaminhamento jurídico, cursos profissionalizantes, etc.

A Lei Maria da Penha, por si só, não coibiu a conduta de violência doméstica, de modo que a pena do agressor pode ser aumentada, através da Lei do Feminicídio, se ficar configurada a tentativa de homicídio, ou se de fato ocorrer a morte da vítima, e a vontade de matá-la, pelo fato dela ser mulher.

A criação das varas de judiciais de violência doméstica foi mais uma conquista da Lei Maria da Penha, pois ao trazer os processos judiciais deste tema, para varas especializadas torna mais céleres os julgamentos, sentenças e possíveis punições e medidas protetivas.

 Além disso, as vítimas de violência doméstica também podem ter cotas para trabalhar no serviço público, nas esferas federal, estadual e municipal.

Em caso de gravidez resultante de violência sexual, a mulher pode ter acesso ao serviço de aborto legal oferecido nos hospitais públicos, porém mediante prova e laudo comprovando a violência.

A vítima também pode ter acesso à justiça gratuita nas Defensorias Públicas e nos Ministérios Públicos de seus estados para denunciar seu agressor, e além disso, no Brasil, em algumas universidades, como por exemplo, a UnB, Universidade de Brasília, dentro do Núcleo de Práticas Jurídicas são oferecidos serviços de consulta e encaminhamento jurídico para as vítimas gratuitamente.

No Distrito Federal também existem os Núcleos de Atendimento à Família e aos Autores de Violência Doméstica (NAFAVDs) oferecem acompanhamento psicossocial às pessoas envolvidas em situação de violência doméstica e familiar contra as mulheres, tanto às mulheres vítimas quanto aos (às) autores (as) dessas violências.

Por fim, ficou evidenciado de que ninguém está imune à doença do relacionamento abusivo, e da sua consequência, a violência doméstica, seja como agressor ou vítima, pois que tudo se inicia com pequenos sinais de controle da vida da vítima, e cabe ao agressor ter tratamento e punição, bem como à vítima caberá o acolhimento.

Obrigada pela atenção à leitura!

Um abraço a cada leitor e leitora!

Relato da cursista: Cíntia Breve de Souza





13ª OFICINA DO ANO DE 2023

                                                     13ª OFICINA DO ANO DE 2023

                                                            26 de Agosto de 2023.


No dia 26 de agosto trabalhamos coletivamente uma das temáticas de maior relevância no curso. O tema abordado falava sobre assédio sexual e relacionamento abusivo, tratando de forma abrangente possíveis maneiras de perceber onde essa problemática se inicia e formas de alerta para aquilo que cotidianamente é tratado como ''amor'' ou ''cuidado'' pelo parceiro ou parceira abusivos.






quarta-feira, 27 de setembro de 2023

12ª OFICINA DO ANO DE 2023

  12ª OFICINA DO ANO DE 2023

12 de Agosto de 2023


O encontro do dia 12 de agosto de 2023 iniciou com uma dinâmica em que as cursistas dançaram ao som de uma música muito tranquila. No primeiro momento, as cursistas listaram atividades que realizam ao longo da semana que têm como objetivo a manutenção de suas vidas e, muitas vezes, das vidas de familiares e de PET’s que dependem de seus cuidados. Nesse sentido, o tema abordado nesse primeiro momento foi o “ Trabalho reprodutivo”, termo utilizado para se referir às tarefas fundamentais à manutenção da vida, como a preparação de alimentos e a limpeza da casa. Após listar as tarefas que exercem durante a semana, as cursistas também trouxeram relatos de suas vidas, além de discutirem o impacto do gênero na distribuição dessas tarefas.

 Já no segundo momento, formaram-se três grupos que realizaram pesquisas e discutiram três temáticas: Criminalização do aborto, Educação sexual e Pobreza menstrual. Cada grupo fez um cartaz sobre seu respectivo tema e trouxe muitas contribuições oriundas tanto das pesquisas realizadas como de suas vivências. O grupo responsável pelo tema da “Criminalização do aborto” apresentou artigos do código penal que tratam dos crimes possíveis em relação ao aborto, citaram a ADPF 54, por meio da qual o Supremo Tribunal Federal estabeleceu que é inconstitucional a interpretação segundo a qual a interrupção da gravidez de feto anencéfalo constitui aborto, e, além disso, citaram os argumentos a favor da criminalização do aborto que existem na sociedade, proferidos principalmente pela parcela cristã e conservadora da sociedade. Em seguida, o grupo responsável pelo tema “Educação Sexual” explicou a importância da Educação Sexual na vida de crianças e adolescentes, a qual é responsável por ensinar as crianças e os adolescentes sobre os seus corpos e a conscientizá-los sobre os abusos que podem ocorrer, além de mostrar os meios de denúncia e de acolhimento. Esse grupo também apresentou os argumentos contrários à Educação Sexual nas escolas, proferidos também principalmente pela parcela conservadora da sociedade, além de mostrar como a ausência da Educação Sexual nas escolas viabiliza a ocorrência de abusos e crimes de maneira velada. 

 Por fim, o último grupo a apresentar foi o responsável pelo tema da “Pobreza menstrual”, que abordou a realidade das presidiárias e de mulheres pobres no Brasil. Esse grupo mostrou como a menstruação pode ser cara em nosso país, sendo os absorventes vistos como item de cosmético e não como um item de necessidade básica na saúde de toda mulher. Além disso, o grupo mostrou campanhas que existem no país para a arrecadação e distribuição de absorventes entre mulheres pobres e presidiárias, reafirmando que infelizmente são insuficientes e que a responsabilidade, que não está sendo cumprida, é do Governo. Após a discussão riquíssima sobre essas temáticas que são de extrema importância no Brasil, o encontro se encerrou com mais um momento de dança e muita música.

Relato da cursista: Mari Cruz





11ª OFICINA DO ANO DE 2023

 11ª OFICINA DO ANO DE 2023

05 de Agosto de 2023


O encontro iniciou-se aproximadamente às 9h20, mas, já no começo, aconteceu a primeira parte da dinâmica de abertura, isso porque, antes de entrarmos na sala, colocávamos em uma caixa um objeto secreto capaz de representar o nosso trabalho. 

Vale dizer que, para a dinâmica funcionar, recebemos o aviso, no meio da semana, sobre a importância de levarmos um item para a oficina, mas sem antes revelar qual era. 

Enfim, começamos conversando em uma rodinha e, logo depois, cada pessoa foi convidada a retirar um objeto da caixa e a tentar adivinhar a quem pertencia o item. Foi o máximo! Pudemos conhecer um pouquinho mais sobre os afazeres do grupo!   

Posteriormente, foi iniciada uma nova dinâmica: pergunta (MUITA reflexão) e resposta. A Nana nos fez questionamentos associados à temática trabalho. Nesse sentido, respondemos, em termos gerais, o que é trabalho, qual o lugar o trabalho ocupa na nossa vida e o que nos faria mais feliz no trabalho. 

Foi um momento de intenso debate e descobertas. Pensar no trabalho para além do emprego nos fez ter muitas ponderações... Sobretudo quanto à atuação de mulheres no contexto laboral...

Após os questionamentos, as respostas e as discussões, tivemos um breve intervalo para um café da manhã excelente!!! 

Depois do lanche, iniciou-se um segundo momento da oficina muito desafiador e divertido ao mesmo tempo: foram colocadas frases representativas de direitos no âmbito trabalhista em cima de uma mesa, e precisávamos descobrir de quando era determinada conquista. Por exemplo, havia a data de 1943 e a criação da CLT.  

O objetivo era montar corretamente uma linha do tempo. 

Conversamos, desse modo, sobre salário mínimo, CLT, período da ditadura, Era Vargas, licença maternidade, licença paternidade, lei de equiparação salarial, reconhecimento empregatício das domésticas... Enfim, foi uma percussão histórica e jurídica extremamente interessante. 

Ao fim, depois desse momento de conversas, finalizamos de forma unida e relaxante por meio de uma ginástica laboral! Alongamos braços e pernas e terminamos mais um ótimo encontro! 

Relato da cursista: Letícia Rejane 




10ª OFICINA DO ANO DE 2023

                   10ª OFICINA DO ANO DE 2023

                            15 de julho de 2023


No dia 15 de julho de 2023 tivemos a oportunidade de trabalhar na oficina a temática que abordava as mais diversas modalidades de esporte competido por mulheres. Essa temática foi abordada em razão da copa feminina de futebol que acontecia e trouxera a público muitos questionamentos relacionados a não valorização das mulheres no esporte.

O processo histórico que possibilitou o acesso das mulheres ao esporte foi um dos principais focos da oficina. Em sala pudemos debater sobre a diferença salarial entre homens e mulheres, erotização de corpos femininos durante as partidas, além de também tratarmos sobre a proibição de mulheres trans em algumas modalidades.





quinta-feira, 3 de agosto de 2023

9ª OFICINA DO ANO

9ª OFICINA DO ANO 


 No nono encontro do XVII curso de Promotoras Legais Populares do Distrito Federal, realizado em 8 de julho de 2023, no núcleo de prática jurídica da Universidade de Brasília, localizado em Ceilândia/DF, foram realizadas dinâmicas para discussão e reflexão acerca das questões que envolvem raça e racismo. 

Na primeira parte até o horário da confraternização, a primeira dinâmica foi realizada da seguinte forma: plaquinhas foram entregues às integrantes com as palavras “sim” ou “não” e, à medida que eram perguntadas sobre assuntos que tratam de raça, classe e gênero, as participantes levantavam a plaquinha para responder o questionamento apresentado e, a partir da resposta, ocorria um momento de discussão e espaço para que houvesse relatos de experiências pessoais de acordo com a pergunta apresentada. 

 Após o término da discussão e do lanche, na segunda dinâmica as participantes foram convidadas a apresentarem o material solicitado durante a semana sobre a cultura negra, podendo ser: vídeos, músicas, imagens, instrumentos musicais ou qualquer outro elemento que remetesse à cultura negra. 

Com isso, a segunda dinâmica possibilitou intensa reflexão sobre o contexto da comunidade negra, além de sensibilizar e proporcionar uma nova visão sobre as pautas raciais. 


Relato da cursista: Ângela Lima

8ª OFICINA DO ANO

 8ª OFICINA DO ANO
01 de julho de 2023

A reunião deste dia, nos deu a oportunidade de perceber através de dinâmicas em grupo, que a ideia de Deus, Deusa e/ou Deuses, bem como a concepção de fé e o conceito de espiritualidade é diverso e amplo, de modo que se expressa de maneira abstrata e profunda para cada indivíduo, bem como, em cada religião que este participa, ou realizar essas ideias em sua experiência de vida sem filiar-se necessariamente, a uma religião ou grupo coletivo.

A primeira dinâmica proporcionou a brincadeira de fazer mímica e entregar o possível objeto, a outra pessoa participante na roda. Esta participante recebe esse objeto como um presente, podendo aprimorar ou alterar o objeto criado, tendo percebido ou não qual era o objeto ou do que se tratou a mímica. Assim fica claro que o objetivo da mímica é saber como funciona o pensamento, a criatividade, o comportamento e a reação que as pessoas tem, no momento em que recebe o objeto, e o quê e como decide transformar aquilo para passar à próxima pessoa.

Houve um segundo momento, em que desenhamos num papel com canetas coloridas, algo que representasse para nós, simbolicamente, a fé e/ou espiritualidade, para que a partir daquilo que fosse desenhado pudéssemos debater de forma ampla, porém respeitosamente sobre a crença ou descrença das pessoas presentes, pois que a ausência de crenças em símbolos, ou até mesmo da fé é uma condição humana, e deve ser respeitada, como direito de existir sem discriminações ou julgamentos.

Dessa forma, fica evidenciada a necessidade dessas premissas, para a realização do debate sobre fé e espiritualidade, porque quando tentamos transmitir a outras pessoas, nossa percepção de vivência abstrata, essas pessoas poderão alcançar a profundidade, a beleza, a importância e a crença que tentamos transmitir ou não, por isso a diversidade de religiões, bem como de opiniões diferentes sobre uma mesma ideia. Por exemplo, haja vista as variadas interpretações da Bíblia Sagrada, que fizeram surgir inúmeras religiões, a partir das histórias contadas neste livro.

De uma maneira geral, das mulheres que apresentaram suas percepções, a fé é uma conexão com o divino e/ou a divindade, já a espiritualidade é a maneira com que você se relaciona com a Divindade, ou seja, individualmente ou coletivamente através de uma religião ou não. Bem como, a espiritualidade também pode estar ligada a maneira afetiva/amorosa com que o indivíduo ou a coletividade se relacionam com a natureza ou com crenças filosóficas advindas de ideias religiosas ou não, de modo transcendental, profundo, abstrato e carregado de convicções pessoais sobre seus sentimentos, emoções e pensamentos vividos ao longo da vida.

Por fim, uma participante nos apresentou a crescente intolerância religiosa referente às religiões de matriz africana em nosso país e depois dessa apresentação, tivemos a chance de discutir sobre o tema e tentar alcançar motivos pelos quais essa hostilidade vem aumentando no Brasil.

Durante ampla argumentação verificou-se que há uma crescente comunicação das pessoas em alguns casos presencial, mas em larga escala, através das redes sociais, de uma maneira afastada do afeto que causa um espaço de animosidade, pois que a maioria das pessoas vê as redes sociais como uma espécie de “palanque sem rosto e sem consequência”, que  significa dizer que as pessoas pensam que podem dizer qualquer coisa a qualquer pessoa, e não haverá consequências legais, bem como realmente acreditam que não estarão magoando àquele que recebe as críticas, porque não estava “falando” pessoalmente.

Outra opinião bastante presente entre as participantes foi que o Presidente da República anterior, bem como o governo anterior brasileiro, se comunicava através do conhecido conceitualmente “discurso de ódio”, o que deixou uma “semente estragada” de que essa também era uma maneira legítima de expressar opinião, ou seja, aqueles que não teriam “coragem” de se manifestar, com opiniões preconceituosas, passaram a ter essa conduta, apoiados na ideia interpretada incorretamente, de que a liberdade de expressão legitimada na Constituição Federal estava apenas sendo manifestada.

Nesse sentido, como para algumas pessoas a autoridade máxima do país tem voz e deve-se segui-la sem usar o pensamento crítico, e mais ainda, esse comportamento deve ser replicado e multiplicado como sendo correto, essa ideia agressiva do “discurso do ódio” alastrou-se pelo país como labaredas de fogo, de maneira que aqueles que têm o pensamento crítico usaram o conhecimento para controle de mentes que seguiram o conceito sem pensar, bem como as mentes que seguiram o conceito para atender seus próprios interesses.

Dessa forma, devido às rápidas informações disseminadas via internet, pelas rede sociais, e pessoas que acreditavam apenas estarem usando o seu direito de expressarem-se livremente, criou-se o hábito infeliz de cometer crimes dizendo que apenas estavam se manifestando publicamente, cometendo atos de violência contra principalmente as “minorias” sociais, ou seja, os crimes de racismo, racismo religioso, lgbtfobia, transfobia, injúria racial, e em casos graves de lesão corporal, e outros casos que levaram à morte de pessoas tornaram-se comuns, devido a ignorância exacerbada e excesso de violência contra o ser humano.

Nesse sentido, o ser humano somente respeita outro ser humano se se reconhece nele, como bem explica a filósofa Hanna Arendt, isto é, se a crença ou descrença do outro ser humano é tão diversa e/ou desconhecida da realidade deste, haverá um distanciamento afetivo, e ele não se reconhecerá semelhante do outro, de modo que a agressividade e a violência podem se tornar banais, e assim ocorre a intolerância, na sua espécie mais grave chegando à morte do indivíduo incompreendido.

Por exemplo, para alguma pessoas talvez com um pensamento um pouco mais eurocentrista, pode ser mais aceitável a ideia do espiritismo da doutrina de Allan Kardec, do que o espiritismo das religiões de matriz africana, como a Umbanda e o Candomblé, tornando mais alta a incidência de atos violentos contra pessoas crentes nas religiões vindas da África, pois que o racismo no Brasil ocorre de maneira estrutural há décadas, haja vista que o assunto é abordado sob este contexto há poucos anos, isto é, a conduta considerada racista hoje em dia, anteriormente era considerada banal, normal e infelizmente legal, no sentido de licitude.

Assim, a oportunidade de debater o tem a de fé, espiritualidade, crença, descrença deve proporcionar a possibilidade de, aproximar as pessoas de que todo ser humano se reconhecerá em outro ser humano, quando num sentido positivo reconhecer o que é dor para si também dor para o outro, mas principalmente reconhecer o que é amor para compartilhar consigo e a divindade, ou amor de si mesmo para com os outros semelhantes, de uma maneira familiar e fraternal.


Obrigada pela atenção à leitura!

Um abraço a cada leitor e leitora!

Atenciosamente,


Relato da cursista: Cíntia Breve de Souza





7ª OFICINA DO ANO

 7ª OFICINA DO ANO

24 de junho de 2023

Na oficina deste sábado (24), dia de São João, ocorreram dinâmicas e um lanche temático coletivo. O tema discutido girou em torno da maternidade e seus direitos garantidos por lei. Iniciada por uma dinâmica descontraída de quadrilha, as cursistas da Promotoria Legal Popular (PLP) relataram suas experiências maternas.

A dinâmica, que envolvia a arte do improviso, gerou discussões e reflexões sobre o lugar que a mãe é colocada em sociedade. Após a discussão, as PLPs apresentaram, em cartazes, sobre leis e direitos que garantem estado de dignidade às mães, finalizando a oficina de São joão.

Relato da cursista: Astra.





6ª OFICINA DO ANO

 6ª OFICINA DO ANO

17 de junho de 2023

O encontro iniciou-se aproximadamente às 9h20. Começamos com uma dinâmica super interessante, na qual ficávamos em pé e, logo em seguida, andávamos pela sala nos observando. Depois de termos caminhado um pouquinho em círculo, foi solicitado que fechássemos os olhos.

Com os olhos fechados, nos foram feitos questionamentos sobre determinadas características físicas das pessoas que estavam na dinâmica.

Por exemplo, foi perguntado quem usava óculos e, ainda, quem tinha uma tatuagem de flor no ombro.

Depois de respondermos cada pergunta, abríamos os olhos e conferíamos as nossas respostas.

Após essa dinâmica, nos sentamos e refletimos sobre como nos sentimos, principalmente acerca da sensação de (1) observar; (2) sermos observados; e (3) notar as nossas diferenças.

Posteriormente, já em um segundo momento, fomos divididas em grupos conforme a autodeclaração racial.

Podíamos, desse modo, escolher entre os grupos de: pessoas negras, pessoas brancas e pessoas que não conseguem se declarar.

Foram formados dois grupos: pessoas brancas e pessoas negras.

Cada grupo leu um texto (com o tema raça) que, ao final, continha questionamentos acerca da mensagem veiculada. Conversamos, também, sobre o nosso ponto de vista acerca dos pontos abordados no escrito.

Após termos discutido as questões do texto, desfizemos os grupos e voltamos à configuração normal. Debatemos, assim, as perspectivas do escrito. Comentamos, ainda, experiências pessoais.

Com o fim da segunda dinâmica, tivemos um pequeno intervalo para um lanche maravilhoso.

Depois do lanche, foram feitas três questões, uma para pessoas brancas e duas para pessoas negras. Para aquelas: “qual é a sua prática antirracista?”. Para estas: “qual é a sua prática de autocuidado e como você cuida das pessoas do seu ciclo?”.

Cada uma respondeu as questões ao passo que íamos refletindo e apresentando também demais pontos a serem acrescentados.

Ao fim, após a resposta de todas, finalizamos de forma unida, de modo que cada uma citou uma mulher negra que via como referência para si (com a ressalva de não poder ser mencionada uma pessoa da própria família).

Acabamos, portanto, mais um excelente encontro!

Relato da cursista: Letícia Rejane




segunda-feira, 19 de junho de 2023

5ª OFICINA DO ANO DE 2023

 

5ª OFICINA DO ANO  

27 de Maio de 2023

O motivo da reunião deste dia, basicamente foi realizar dinâmicas em grupo, que ofereciam a percepção concreta e/ou inconsciente de como podemos nos relacionar através da comunicação não-violenta, isto é, comunicar ideias umas com as outras de modo, que mesmo discordando dessas ideias, o ideais de respeito, harmonia, equilíbrio, civilidade e empatia foram alcançados com sucesso. Através da dinâmica da dança onde, no rádio estava tocando músicas e todas nós dispostas em círculo, escolhemos aleatoriamente outra pessoa para formar uma dupla. O objetivo é que uma pessoa levante a mão e guie a outra pessoa que estará focada apenas no movimento da mão da outra pessoa, portanto, ao som da música, ambas devem confiar uma na outra, pois que aquela que está focada apenas na mão, não está vendo se há outra pessoa atrás dela, enquanto caminha, bem como sua parceira deve ter o mesmo cuidado com ela. Assim é possível perceber que na coletividade, independente do seu foco, você pode cuidar do outro exercendo empatia e simpatia, enquanto estabelece uma relação de confiança, que é o ponto inicial para uma relação harmônica. Em seguida, houve outra dinâmica, em que ouvindo o parecer de todas as presentes, decidimos aquilo que queremos ou não queremos que vigore dentro do ambiente do curso das Promotoras Legais Populares – PLP’s, no sentido de que sejam indicações de condutas de boa convivência entre nós, de maneira que todas se sintam acolhidas e respeitadas em suas individualidades, dentro do grupo. Conforme a seguir:


Após estabelecermos juntas, uma espécie de “Termo de Conduta”, houve outra dinâmica para o treino da escuta ativa entre nós, onde cada uma de nós contou como estava se sentindo quando chegou para o momento da reunião, e em seguida esta escolheu uma outra pessoa, para fazer três perguntas sobre o conteúdo da explanação. Desse modo, verificou-se que não apenas a pessoa que falava estava sendo ouvida com atenção, mas sim todas as pessoas presentes, pois que, como não se sabia quem ela escolheria para fazer as perguntas, todas nós escutamos os relatos atenciosamente. Ainda assim, fica a dúvida se a pessoa ouviu atentamente, porque seria perguntada, ou por empatia a todos os relatos, ou porque se identificou com os relatos, enfim, a resposta fica dentro de cada uma, porém este é o sentido da dinâmica, treinar a escuta ativa, o que significa que você deve ouvir aquilo que a outra pessoa fala, com a mesma atenção da qual, você gostaria de ser ouvida. Após todos os relatos, verificou-se que todas nós falamos de vários assuntos diferentes, posto que a diversidade de rotinas de vidas, e a maneira com que cada uma, se sente em relação às suas vivências diárias é ampla, no entanto, o conteúdo principal foi o acolhimento e respeito com que todas puderam falar de seus sentimentos, pensamentos e sensações sem julgamentos e com curiosidade, ou seja, o fato de ter um espaço, em que você fala, e as pessoas têm alegria e interesse em te ouvir: é hábito raro no tempo e nos espaços que habitamos atualmente. Em seguida, houve outra dinâmica onde nos separamos em trio, e cada uma falou de comidas que gostava e que não gostava de comer, e deveria haver um consenso entre o trio de ao menos uma coisa de que as três pessoas gostavam de comer, e também de que não gostavam de comer. Dessa forma, foi perceptível de que houve trios que decidiram o tema com facilidade e harmonia, e outros trios que decidiram o tema, com um pouco mais, de dificuldade consensual até chegar a termo. Isso acontece porque o entrelaçamento de culturas entre famílias em nosso país faz com que a culinária seja muito diversa, ou seja, por exemplo, quem cresceu numa família nordestina tende a gostar mais de coentro, mesmo havendo nordestinos que não apreciem o tempero, bem como quem cresceu numa família de descendência italiana adora massas, como a lasanha. Assim, como disse uma de nós, a comida representa especialmente afeto e amor, a pessoa não se alimenta apenas da comida e temperos, mas do sentimento com que o alimento foi preparado e também quem cozinhou para nós, ou nos ensinou a cozinhar, para que nos alimentemos sempre daquele alimento como uma memória sensorial de alegria e satisfação. A mesma dinâmica foi feita com relação a música, e foi perceptível que em alguns casos, a música ou o estilo musical que ouvimos, inicialmente, pode vir das pessoas que convivemos, até chegar a uma fase da vida, em que você escolhe os estilos musicais que ouve, por si mesmo, porém a partir de uma construção individual de músicas e ritmos que possuem significados individuais e pessoais a cada uma de nós, por exemplo, ouvir rap porque seu irmão ouvia, ou crescer ouvindo forró em casa, porque seus avós gostavam, e quando você se torna adulta, passa a aprender aulas de forró porque se recorda com carinho de seus avós. Dessa maneira, a música também representa reviver memórias de alegria ou não, num espaço particular de sua mente, porém em alguns momentos, você escolhe viver isso dentro da sua cabeça compartilhando com a coletividade, através de uma vivência em grupo, por exemplo, dançando com outras pessoas. Assim a música que você ouve pode demonstrar a maneira com que você se relaciona com as outras pessoas, mas somente enquanto está vivendo aquele ritmo, isto é, você pode revoltar-se com a política de uma maneira geral, e se identificará com músicas de protesto, de modo que se sentirá acolhida quando estiver num ambiente, em que você encontra pessoas que pensam e sentem como você. Esse aspecto do pensamento, se aplica a qualquer estilo musical, no entanto, é importante salientar que a pessoa não é a roupa que ela veste ou estilo musical que ela ouve, mas isso é parte da construção de afetos desenvolvidos ao longo de sua vida, ou seja, a pessoa é muito mais do que aquilo que ela come, veste, ouve ou tem como crença. Por fim, todas nós fizemos uma colagem num quadro, onde havia uma árvore com muitos galhos, ao passo que cada uma escreveu seu nome numa folhinha verde, a qual escolheu um galho vazio e colou a folhinha no galho, de modo que a árvore “seca” se tornou uma árvore frondosa e com fortes raízes em suas crenças e princípios daquilo que acredita ser um mundo melhor, adquirindo a consciência da responsabilidade que é fazer parte dessa árvore, no sentido de que deve retirar de dentro dela os cupins da intolerância, afastar as ervas daninhas do desinteresse, alimentá-la com respeito e empatia através da seiva do amor, do afeto, da escuta ativa e da confiança que vem da fortaleza de suas raízes plantadas no coração de cada uma de nós. Obrigada pela atenção à leitura! Um abraço a cada leitor e leitora!

Relatoria da cursista: Cíntia Breve de Souza.









4ª OFICINA DO ANO DE 2023

 

 4ª OFICINA DO ANO  
27 de Maio de 2023


 

Na última oficina do curso de extensão da Universidade de Brasília do curso de direito, Promotoria Legal e Popular (27/05) foi discutida, em uma roda de conversa, sobre como os termos da comunidade LGBTQIA+ são entendidos e vividos em sociedade. 

Inicialmente, a reunião iniciou com uma dinâmica de escuta ativa, formada por duplas. O exercício promoveu o fortalecimento da atenção com o outro, mas sem o anseio de afirmar que estamos nos concentrando.

Após a dinâmica de descontração, foi iniciado o debate do dia. Distribuídos os papéis e canetas, pergunta-se qual o sentimento gerado nos termos Lésbica, Não Binário, Travesti e Bissexual e as primeiras palavras que cada aluno associa, em seguida, foi aberto o espaço para tirar dúvidas e conversar sobre vivências LGBTQIA+ e como, em sociedade, isso é assimilado.

A conversa refletiu sobre como as pautas LGBTQIA+ são ainda alvo de chacota, como travestis e pessoas transgêneros binárias e não binárias sendo associadas a memes e piadas desrespeitosas, com suas vivências apagadas. Foi explorado em turma, como a sexualidade, em uma sociedade heteronormativa, é um caminho de constante descoberta, conforme é adquirido autoconhecimento e fortalecimento de redes de apoios LGBTQIA+ para que não seja criminalizado o existir.

Pontuou-se também sobre como é difícil, na sociedade cis e hetéro, não sentir um erro por estar fora da órbita padrão e não forçar uma existência normativa. A oficina finalizou com mais um dia de aprendizado e identificações de vivências, desconstruindo, com respeito, preconceitos e conceitos.

Relatoria do cursista: Hadassa (Astra) de Lima







quinta-feira, 1 de junho de 2023

3ª OFICINA DO ANO DE 2023


 3ª OFICINA DO ANO  
20 de Maio de 2023 


A aula estava marcada para 9h mas se iniciou um pouco mais tarde e eu que cheguei atrasada por ter ido parar em outro campus me deparei com este gesto de sororidade logo no primeiro ato, me senti muito acolhida! 

Começamos com uma vivência bem meditativo onde sentávamos em circulo  de costas uma pra outra e devíamos tocar em uma parte do corpo que representasse quem somos. Ficamos assim por um tempo e fomos orientadas a virar de frente para a roda e falar sobre o que sentimos, pensamos... uma vivência tão simples mas que trouxe tanta delicadeza, tantas questões latentes que necessitam de atenção. 

Tivemos uma pausa para um super delicioso lanche. 

Então recebemos um papel com um gráfico de uma forma humana. As anotações que seguem são somente um pouco que consegui anotar em meio aos debates e explicações. 

Seta rosa/cérebro - identidade de gênero: mulher cis, mulher trans, homem cis, homem trans, não binários (femininas, masculinos, neutres). 

Seta vermelha escura/coração  - orientação sexual: com quem a pessoa se relaciona (por quem se atrai). 

Seta vermelha clara/genital - sexo biológico: Feminino, masculino, intersexo. 

Seta amarela/a forma humana - expressão de gênero: coisas de mulher, coisas de homem, ...como a pessoa se veste, como aparenta ser. 

Em meio a estes ensinamentos tivemos muitos e emocionantes relatos e desabafos, uma nítida expansão acerca da necessidade de ser mais acolhedoras e respeitosas com as/os/es/ jovens e suas diferentes características e com nos mesmas também pois ninguém escolheu a educação/opressão que recebeu em sua formação. Estamos de agora pra frente dando este passo rumo à uma atitude mais humana frente a diversidade humana. 

Quando falamos em feminismos e militância é praticamente inevitável chegarmos aos desafios que existem neste caminho pois é fundamental que haja a inclusão sem que para isso venhamos a gerar retrocessos e exclusão. 

Acolher com profundo respeito, valorização do lugar de fala e da vida de cada mulher com suas características é um desafio que com certeza vale a pena abraçar!

Relato da cursista: Juliana Castro


Ilustração utilizada para explicação de relações de gênero e sexualidade.


Ilustração referência aos tipos de feminismos.





terça-feira, 23 de maio de 2023

2ª ENCONTRO DE 2023

 

 

 2ª OFICINA DO ANO  

13 de Maio de 2023 


No segundo encontro do XVII curso de Promotoras Legais Populares do Distrito Federal, realizado em 13 de maio de 2023, no núcleo de prática jurídica da Universidade de Brasília, localizado em Ceilândia/DF, foram realizadas dinâmicas com o intuito de compreender melhor o processo educativo e conhecer mais as integrantes do curso.

Na primeira parte até o intervalo, a dinâmica focou na integralização das participantes, isto é, no sentido de separá-las em duplas para que as mesmas, no período de 3 (três) minutos, compartilhassem informações sobre si para que, após, as duas apresentassem o que soube de cada uma para as outras integrantes do curso. Percebe-se que o objetivo desta dinâmica, além do acolhimento entre as participantes, foi expor a importância da escuta ativa e do diálogo.

Após o intervalo, a segunda dinâmica teve uma proposta mais teatral com enfoque no processo educativo dos três cenários (escola, residência e igreja), onde as participantes, sem que pudessem falar, apenas por meio da observação, olhares e movimentos corporais deveriam realizar intervenções na posição das cursistas, para melhorar a postura das mesmas diante cada cenário.

Cada uma deveria representar uma cena que remetia a sua experiência vivida nesses três cenários sugeridos pelas facilitadoras, fazendo com que a observação e a intervenção resultassem no processo de atenção que permitissem todas olharem com mais sensibilidade não só para todas as cursistas, mas para si mesmas, identificando comportamentos, sentimentos e questionamentos sobre o processo educativo e de como ele pode ter um efeito de silenciamento e ser um ambiente de hierarquização, permitindo a identificação do machismo, da solidão e da ausência de afeto nessas situações e suas consequências. 

Com a apresentação dos cenários, as participantes foram convidadas a refletir sobre a dinâmica, resultando na consciência acerca das imposições que estes ambientes estabelecem e de como estão enraizados na criação e na educação. Além da observação dessas questões, as facilitadoras convidaram as cursistas a observarem e a questionarem o que poderia ser melhorado nesses espaços para que a experiência se tornasse mais humana.

No término do encontro, ocorreu mais uma dinâmica em que todas deveriam dar as mãos e decorar quem estava à sua esquerda e à sua direita. Depois, se espalharem pela sala e segurar na mão da pessoa que estava ao lado, antes de se misturarem, para que tentassem voltar para posição inicial (círculo).

Assim, o segundo encontro proporcionou uma reflexão acerca do processo educativo, além de proporcionar mais conexão entre as integrantes.

Relato da cursista: Ângela Lima




terça-feira, 16 de maio de 2023

1ª OFICINA DO ANO

 

                   XVII Curso de Promotoras Legais Populares - Ceilândia, DF. 


Na data do dia 06 de maio de 2023 demos início a mais uma turma do curso de Promotoras Legais Populares, dos quais nos proporciona mais um  ano de  novos desafios, aprendizados e acolhimento. Pós pandemia um novo cenário se formou e hoje nos encontramos em reaprendizado quanto as novas formas de se pensar  e vivenciar coletivamente espaços como os que o nosso projeto proporciona. O relato a seguir foi feito por uma de nossas cursistas de nome Lenira, este discorre sobre nosso primeiro encontro do ano e nos enche de expectativas positivas sobre novas construções que serão feitas na turma de formação.


01 OFICINA DO ANO  

06 de Maio de 2023 

Então,  a mim coube a relatoria do primeiro encontro do nosso curso. E o que  dizer? Vou dizer que estava ansiosa pela abertura.  Dizer também, que fiquei emocionada, pois o local e a acolhida me trouxeram boas lembranças afetivas de anos atrás. Dizer que conheci pessoas diversas e assim como eu, ávidas por novas experiências, num aprendizado que construiremos juntas. Pois muito temos para compartilhar aprendendo umas com as outras. Tudo transcorreu num clima descontraído de muita alegria e guloseimas: balas distribuídas a todo momento para adoçar a nossa manhã de sábado. A hora do café também foi motivo de aproximação,  descontração e bate papo. Definimos então que haverá um rodízio  de grupos responsáveis pelos cafés futuros. Coube a cada uma  também, divulgar o curso e tentar trazer pelo menos mais uma pessoa para aumentar nosso elo. Ao final fomos contempladas,  pelas facilitadoras com o volume 5 do livro O Direito Achado na Rua e uma cartilha Eu Me Protejo, compartilhada pela colega Neuza, mas ambas leituras importantes que faremos de acordo com a nossa disponibilidade. 

Nossa! Ufa! Pensei que escreveria 5 linhas! Pessoal foi um  prazer conhecer  todas vocês e estou ansiosa pelo próximo encontro! Abraços! Tchau!  E viva Rita Lee!