sábado, 12 de novembro de 2022

Violência Doméstica - Relatoria do encontro de 22/10/2022

 

Iniciamos assistindo um documentário “Mas por que ela não denúncia” sobre violência contra mulheres, depois relatamos nossas histórias sobre o tema e quantas formas de violência existem e passam despercebidas ou como são naturalizadas pela sociedade, nesses relatos percebemos muitas das vezes que sofremos violências e nem enxergamos.

Houve uma pausa para o lanche e quando retomamos fizemos duplas e cada um ficou com um tema e relatamos em folha quais tipos de comportamento violento e depois quais as formas de sair, enxergar e ajudar mulheres nessa situação.

No terceiro momento fizemos uma roda e cada dupla leu sua folha, debatemos mais uma vez sobre o tema.

Ao final houve uma dinâmica com velas, cada uma acendia a vela da outra lhe desejando algo.

Cursista: Mariana de Melo Pessanha






Autocuidado e cuidado coletivo - 07 de outubro de 2022.




No dia 07 de outubro tivemos uma oficina direcionada para o cuidado e suas diversas formas de atribuição. Socialmente existe uma cultura que faz com que mulheres não estejam atentas para consigo e suas demandas, por este motivo olhar para si é um ato essencial para que consigamos conviver em harmonia com nossa própria imagem e falhas. 

Cursista: Jéssica Karoline








sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Relacionamento abusivo - 24/09/22

 


A oficina do dia 24/09 teve como temática central dialogar sobre relacionamentos abusivos. Crescemos em uma sociedade onde cria-se no nosso imaginário, leia-se o que é dito do “universo feminino”, estereótipos do ideal de amor romântico. Na idealização desse amor, às vezes, nos sujeitamos e permanecemos em relacionamentos que não são saudáveis. Esta breve contextualização introduz um pouco da dinâmica da oficina de sábado. Ao iniciarmos, haviam balões vermelhos espalhados pela sala. As facilitadoras pediram para que ficássemos em volta dos balões, enquanto, uma delas lia situações, que poderiam já ter sido vivenciadas pela pessoa ou por outra do seu círculo de convívio, como por exemplo: “se você já sentiu medo ou deixou de falar algo para evitar uma briga. Estoure o balão”. Ao final da dinâmica todos os balões estavam estourados e, isso propiciou uma reflexão sobre o quão um relacionamento pode ser destrutivo e deixar marcas irreparáveis na vida da pessoa. Com isso, as mulheres compartilharam seus sentimentos e vivências de relacionamentos abusivos, bem como, falaram do papel da família, da religião e de amigos que ajudaram no despertar de consciência para sair do relacionamento tóxico ou que legitimaram algumas atitudes diante do respaldo sociocultural que reforça comportamentos machistas de que “homem é assim mesmo, você tem que aceitar”. Dialogamos sobre os relacionamentos abusivos em relações hétero e homoafetivas. Foi interessante também a reflexão de que é preciso fazer uma autoavaliação de que também podemos ter características e atitudes que são tóxicas, por isso é importante compreender, dialogar com quem é afetado e procurar evoluir. Após a pausa para o lanche, teve um 2° momento, no qual escrevemos sentimentos que foram despertados a partir da 1ª dinâmica e que queríamos nos libertar deles. Assim, citaram raiva, medo, aflição entre outros. Rasgamos os papéis e colocamos em uma panela que remetia a uma fogueira. No 3° momento, discutimos sobre a ação prática do curso e a formatura.


                                           Júlia Castro, cursista da turma do ano de 2022.







"Política, participação política, democracia e autoritarismo, movimentos sociais e partidos políticos" - 27/08/22




Pensar política traz consigo inúmeras inquietações, principalmente por se tratar de uma temática de difícil compreensão para alguns, pois culturalmente existe uma descrença que reverbera sobre a forma como a população entende e espera do assunto.

É importante ressaltar que para além das esferas partidárias entende-se que fazer política e viver política é proporcionar ao ser o acesso e o direito à vida, à moradia, à saúde, à educação. Em suma, a política foi criada para regular os conflitos sociais.

No último encontro das PLP'S falamos um pouco de assuntos que muitas vezes preferimos ignorar: política. Tudo começou com uma dinâmica com o balão e música e quando a música parava que tinha tocado por último no balão teria que responder uma pergunta acerca do tema voto e política. Foi interessante que recebi a pergunta qual seria minha proposta se fosse deputada por um dia. Recebemos alguns papéis com as palavras senadores, deputado federal e deputado distrital e tínhamos que relacionar com funções de cada um. Foi incrível como quase as duplas relataram alguma dificuldade para completar de forma correta, pois muitas de nós nunca tivemos contato com o assunto. Achei interessante uma pergunta que foi feita na primeira dinâmica: Qual é sua estratégia para votar. E desse questionamento surge várias opiniões, se devemos ter estratégia para votar, se é necessário um voto “útil” na polarização que estamos vivendo em 2022. Não é um tema fácil de ser debatido, mas tudo foi feito com leveza no nosso encontro.

                                               Ana Barbosa, cursista da turma do ano de 2022.







Direitos sexuais e reprodutivos (violência obstétrica, aborto, contracepção, pobreza menstrual) - 13/08/2022

 





Temáticas que contenham abordagens que fazem ligação ao corpo da mulher trazem consigo uma série de relatos. Nesta oficina trabalhamos em conjunto a análise do tema, onde  notou-se que apesar de boa parte das mulheres presentes não terem vivenciado o parto, ainda assim muitas já tiveram acesso a histórias de amigas, mães, avós e tias que foram vítimas de violência durante o puerpério.

Foram organizados grupos para que pudéssemos ter conhecimento sobre abordagens diversas como: quais eram os possíveis métodos contraceptivos para uso, sobre quais mulheres eram afetadas quanto ao que diz respeito a pobreza menstrual e de que forma o Estado possui responsabilidade sobre essa realidade, além de também termos tratado sobre aborto e violência obstétrica.

De modo geral esta oficina nos possibilitou mais uma vez ampliar nossa visão sobre a realidade que alcançam nossos corpos e de que modo podemos coletivamente construir um saber que proporciona as mulheres o reconhecimento sobre os próprios direitos.











sábado, 3 de setembro de 2022

Trabalho, direitos trabalhistas, diferença salarial, assédios, trabalho doméstico e reprodutivo 16/07/2022

 






Nada como começar nossos encontros com um delicioso alongamento. 


Para a reflexão do dia, fizemos uma lista de tarefas não remuneradas que fazemos durante a semana, como uma lista de compras. Visualizamos que para além, e as vezes mais importante do que o nosso autocuidado, cuidamos de muitas pessoas e coisas. Contabilizamos que muito tempo é gasto com afazeres que apoiam outras pessoas e a inexistência de uma remuneração para esse cuidado também apoia e alimenta o sistema de desigualdades e injustiças.

Ser mulher em meio a esta realidade nos possibilidade enxergar o quão diferente as realidades podem ser de acordo com o gênero e a raça do indivíduo. As cobranças tendem a ser diferentes, assim como os acessos dados, vejamos.

De acordo com uma pesquisa feita pelo IBGE no Brasil as mulheres ganharam em média 20,50% menos do que os homens no 4º trimestre de 2021, contra 19,70% a menos no final de 2020. É importante ainda ressaltar que mesmo diante de estudos que acentuam que pessoas do gênero feminino tenham um currículo educacional mais extenso ainda assim estes não acessam o mercado de trabalho com as mesmas condições que o gênero oposto. Existem relatos de diferença salarial, mesmo para o exercício da mesma função. Existem situações explícitas de assédio moral, além de muitas ainda lidarem com o não reconhecimento da credibilidade do trabalho prestado, o que acentua com nitidez o processo de sobrecarga que muitas estão sujeitas a viver. 

Durante a oficina vários foram os relatos sobre a problemática descrita acima e ainda compartilhamos quais seriam as mudanças que possivelmente nos traria mais felicidade diante desses aspectos. Algumas citaram que gostariam de realizar atividades que trouxesse mais prazer, para além das obrigações diárias. Também descreveram que melhores salários, garantias de direitos trabalhistas,  jornadas mais flexíveis e a humanização das realizações poderiam ser um dos possíveis principais avanços. 

Por fim, refletimos sobre esses cuidados, como são oferecidos, o que nos custa













Sexualidade, identidade de gênero, LGBTQIA+ 02/07/2022

 



 As características físicas, sexuais e biológicas do ser humano são definidas socialmente de acordo com as definições que mais se enquadram com a personalidade e entendimento individual de suas subjetividades, porém no cenário atual ainda existem muitas dúvidas sobre o que pode ser definido como gênero e sexualidade para além da contextualização de que ambos possuem definições distintas.
Na quarta oficina com objetivo de descaracterizar a ideia de que gênero e  sexualidade são as mesmas coisas trouxemos a nível de conhecimento aspectos para o embate em roda, de forma a enriquecer e construir coletivamente um saber sobre a temática proposta.
Os cuidados com a saúde íntima, o olhar com cuidado, com afeto. O toque que reconhece e conhece cada detalhe de si. As características físicas, sexuais e biológicas do ser humano são definidas socialmente de acordo com as definições que mais se enquadram com a personalidade e entendimento individual de suas subjetividades, porém no cenário atual ainda existem muitas dúvidas sobre o que pode ser definido como gênero e sexualidade para além da contextualização de que ambos possuem definições distintas.
Na quarta oficina com objetivo de descaracterizar a ideia de que gênero e  sexualidade são as mesmas coisas trouxemos a nível de conhecimento aspectos para o embate em roda, de forma a enriquecer e construir coletivamente um saber sobre a temática proposta.

Iniciamos o dia com uma dinâmica onde nós permitimos o toque, o afeto para conosco.
                Em seguida abrimos para diálogo onde trouxemos a importância do toque e do afeto. 
                    Em um segundo momento recebemos folha e lápis para que produzíssemos nossa genitália, e tivemos uma troca sobre o que cada uma fez. Recebemos um desenho com representações do que seria biológico, racional, afetivo e debatemos sobre identidade de gênero, orientação afetivo sexual, sexo biológico e expressão de gênero. No terceiro momento fomos separados em grupo para discussão, recebemos textos, vídeos e pudemos fazer pesquisas para complementar o conhecimento. Abrimos então para discussão em grupo onde cada inicial LGBTIA obteve três minutos para expor os conhecimentos obtidos para todos os presentes. Novas lições, aprendizados sobre o tema foram compartilhados. O encerramento se deu por uma roda onde trouxemos uma referência feminina em nossa vida. Assim se deu o quarto encontro das Promotoras Legais Populares da Ceilândia no dia 02 de julho de 2022.
















sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Raça, Branquidade e Racismo -18/06/2022



Existem vivências, dores e compreensões que transcendem os nossos corpos para além da nossa existência.

O perfil do ser humano é lido por muitos inicialmente de acordo com seus traços, cores e gênero, fator ao qual fragmenta e por vezes determina quais serão os acessos que ao longo da vida cada um destes terão.

Ser mulher numa sociedade que historicamente privilegia homens, pessoas brancas e cis traz consigo inúmeras marcas. Um exemplo disso é o crescente número de casos de feminicídio e de violência contra mulher. Segundo dados do levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que teve como fonte os boletins de ocorrência das Polícias Civis das 27 unidades da Federação indica-se que no ano de 2021 houve um breve recuo no número de registros de feminicídio contra mulheres brancas, porém em contrapartida apontam que ocorreu um significativo aumento dos registros de estupro e estupro de vulnerável no mesmo ano.

Os dados preliminares de violência letal contabilizam 1.319 mulheres vítimas de feminicídio no último ano, decréscimo de 2,4% no número de vítimas; e 56.098 estupros (incluindo vulneráveis), apenas do gênero feminino, crescimento de 3,7% em relação ao ano anterior.

Uma pesquisa feita pelo IPEA declara que cerca de 61% das vítimas de feminicídio no Brasil são negras, realçando a realidade discriminatória que alcança de maneira desigual a história de muitas de nós.

Isso tudo em meio a uma pandemia, onde como que uma ironia escancarada, lembremos que a primeira vítima da covid-19 no Brasil foi uma mulher negra, empregada doméstica de meia idade. Desde o início da pandemia o elevado número de mortes de pessoas negras e, especialmente mulheres negras, é uma evidente consequência do processo histórico de exclusão social e racismo que o país tem.

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Oficina 04/06/2022

 Oficina - 04/06


Carol fez uma abertura em que precisávamos imitar movimentos dançando. Em segui do houve a divisão dos grupos onde foi discutido o que é ser mulher, lo

No segundo momento pegamos frases sobre feminismo, essas poderiam ser uma verdade ou um mito. Alguns exemplos foram: Para o feminismo mulheres são melhores do que homens, o feminismo é uma cooperação entre mulheres, o feministas não se depilam, não se maquiam, etc.

Fomos para o lanche e logo depois listamos as vertentes que conhecíamos sobre o feminismo e falamos sobre a importância das pesquisas e estudos dos tipos de feminismos. 









sexta-feira, 8 de julho de 2022

 

 


   Nestes 2 últimos anos vividos num contexto pandêmico muitas foram as incertezas partilhadas por todas nós e poder vivenciar a volta das oficinas presenciais nos trouxe muita esperança e também angustias. Cada detalhe é pensado minimamente para que tenhamos condições de oferecer um espaço seguro, acolhedor e revolucionário.

   Nós da Facilitação hoje iniciamos novamente nossas publicações neste blog com muita alegria por permanecermos vivas e convictas de nossa luta. Renovamos nosso compromisso com a busca por emancipação e acesso ao direito de todes.

   Nossa primeira oficina presencial do ano de 2022 aconteceu no dia 21 de maio, onde tivemos a oportunidade de conhecermos novos rostos, novas histórias e crenças. Nossas dinâmicas foram desenvolvidas de modo a aproximar e experimentar novas experiências a partir de visões e vivencias diferentes do mundo.

    Ao fim do nosso encontro fomos todas surpreendidas com a delicadeza, força e autenticidade de uma de nossas mulheres, que nos escreveu sutilmente através de versos em poesia. 

 

Promotoras Legais Populares 💜

 

Mulheres que se despiram e inspiram

Que carrego consigo

A rebeldia de ser mulher.

 

Viemos em nossa diversidade

Com um objetivo em comum

Lutar pelo direito da mulher

E transformar o mundo em um lugar igual e comum.

 

Entre relatos, contos e histórias...

Partilhamos o que tínhamos a doar

Todo o conhecimento adquirido que tem muito a acrescentar.

 

Nada de educação formal

Somos Educadoras Populares

Começamos em roda e em roda vamos dançar: a vida, a união e em ciranda avançar

No direito das mulheres e conquistas popular.

 

Mirele Diovana Milhomem


                                              

                                     


                                      

                                                                                              Fotos do dia 21 de maio de 2022.