domingo, 17 de junho de 2018

[19/05/2018] 5ª OFICINA PROMOTORAS LEGAIS POPULARES- CEILÂNDIA

 Relatoria Oficina 19/05/2018 - Ceilândia


Este foi o segundo encontro no qual conversamos e aprendemos sobre racismo. Demanda ainda fundamental no Brasil de 2018.
A promotora legal popular Iris distribuiu artigos do Estatuto da Igualdade Racial e pediu para debatermos em grupos sobre eles, e se os vemos aplicados no cotidiano brasileiro.
O grupo 1 debateu artigos referentes ao acesso à saúde. Uma colega falou sobre o histórico racista da ginecologia. E sobre 70% das mulheres negras de Salvador terem algum tipo de HPV, o que evidencia também uma vulnerabilidade das mulheres negras nas relações. Ainda a respeito desta questão foi falado sobre o difícil acesso para mulheres negras aos atendimentos na rede pública de saúde.
O grupo 2 falou sobre direito à moradia e acesso à terra. E colegas trouxeram a informação de que a maior parte da população em situação de rua é composta por homens negros. Há muitos prédios vazios sem atender à função social de moradia.
O terceiro grupo abordou a possibilidade de denunciar casos de preconceito, injúria racial e racismo. E que embora exista o disque 100, é muito difícil conseguir comprovar o crime de racismo todas as vezes que ele acontece no dia a dia. O grupo também alegou desconhecer políticas públicas no sentido de combater e desconstruir o racismo. Neste momento ainda se falou sobre a falta de respeito às religiões de matriz africana, sobre os espaços destas religiões serem constantemente atacados e destruídos.
Iris também falou sobre os negros serem representados na televisão sempre como empregados e questionou: “como vai trazer a cultura negra para a televisão se o país insiste em dizer que os negros nem são gente?”. E comentou sobre o diferente peso da palavra dos brancos contra a palavra dos negros ao lembrar do falso caso da menina branca que usava turbante por estar com câncer que rendeu muitas polêmicas nas redes sociais ano passado.
O grupo 4 também falou sobre a representação da cultura negra na mídia e sobre a teórica inclusão de verbas para programas e políticas públicas de promoção de igualdade racial no Plano Plurianual. Foi lembrado o caso da recente nova novela da Globo se passar em Salvador e não ter atores negros; bem como a falta de representatividade na mídia brasileira. Existe um silenciamento/ apagamento intencional da cultura negra com a finalidade de dominação dos negros pelo sistema capitalista que é extremamente racista e excludente. E nas raras vezes em que a mídia fala sobre culturas negras e indígenas, o faz de forma pejorativa e repleta de preconceito e desinformação. Um apagamento proposital feito por quem tem espaço e dinheiro para escrever a história oficial do país.
Esse grupo também afirmou não ver na realidade essa promoção de igualdade de oportunidades em educação, emprego e moradia. E que o pouco que foi feito em governos anteriores está sendo enfraquecido pelo governo atual com sua política de enxugar os gastos não por acaso atingindo a SEPPIR, Secretaria das Mulheres e INCRA.
Sobre isso uma colega fez a importante ressalva de que a luta dos Quilombolas e do Movimento Negro são muito maiores e mais antigas que governos específicos. Falou também sobre a CONAPIR.
Algumas mulheres comentaram os casos de estupro das meninas quilombolas de Cavalcante, feitos por políticos da região. Igualmente falou-se sobre a tentativa de embranquecer a todo custo a Cultura Egípcia.
Após o nosso maravilhoso lanche comunitário, Iris indicou alguns filmes: Besouro, Amistad, A Vênus Negra, O Quarto de Despejo – quando falou da invisibilização das escritoras negras no Brasil – e a 13ª Emenda.
Por fim, eu gostaria de indicar também os documentários sobre a Maya Angelou e sobre a Nina Simone no Netflix. Pois considero importante conhecer a história de mulheres negras fortes, maravilhosas e engajadas na luta por igualdade racial e direitos civis dos negros.

*Relatado pela cursista Maria Laura


quinta-feira, 14 de junho de 2018

[12/05/2018] 6ª OFICINA PROMOTORAS LEGAIS POPULARES SÃO SEBASTIÃO


RELATORIA OFICINA DIA 12/05/2018

6ª oficina PLPs  de São Sebastião

  O último encontro das Promotoras Legais Populares de São Sebastião ocorreu na Casa Frida.
 Também estava presente no encontro, a TV SUPREN, que reportou um pouco do encontro e fez entrevista com algumas mulheres.
 Tivemos como tema principal a maternidade, onde foram debatidos seus desafios e as vivências das mães e das filhas nesse âmbito.
 Como dinâmica inicial no alongamos para dar início a discussão
 Após o alongamento fomos levadas a pensar em como nossas cicatrizes se relacionam ao tema da maternidade e quais sentimentos são associados a elas.

 Suscitaram algumas questões de destaque durante a conversa, como:
A questão das Doulas. (Sua importância e curso profissionalizante);
Violência obstétrica;
Plano de parto;

Fomos para o lanche.

 Depois Cláudia relatou a história de sua mãe que emocionou a todas.
 A última parte do encontro foi finalizada com uma dinâmica proposta por Hellen, da Casa Frida.   Fizemos uma dinâmica musical, onde tínhamos que expressar através do corpo, como em uma dança livre, movimentos representativos do nosso presente, passado e futuro, auxiliadas com um lenço que nos ajudaram à expressão.

 Foi um lindo encontro, levando em conta, que foi realizado no espaço da Casa Frida que é lindo e muito acolhedor. Eu, como mulher sem filhos, pude compreender mais sobre os processos, nem sempre, gloriosos da maternidade, implicados de violências e negligências, mas também de transformações. Adorei ouvir as histórias e pude anexá-las à minha seção imaginária de exemplos de mulheres maravilhosas.


Relatado por Sabrina Lopes França
6ª oficina PLPs São Sebastião

6ª oficina PLPs São Sebastião


6ª oficina PLPs São Sebastião


segunda-feira, 11 de junho de 2018

[05/05/2018] 5ª OFICINA PROMOTORAS LEGAIS POPULARES SÃO SEBASTIÃO


RELATORIA OFICINA 05/05/2018

  O tema do dia foi sobre mães/maternidade.
- Abrimos nosso encontro com uma dança circular puxada pela Johanny Cássia, ao som
de uma música sagrada feminina. Assim relaxamos, nos conectamos e pudemos
prosseguir com as demais atividades de forma mais prazerosa.
- Separamo-nos em 4 grupos para discutir sobre o tema.
- Depois fizemos uma pausa para o lanche.

- Logo após, juntamos todas e apresentamos os pontos de cada grupo:
Enfatizamos a relação com o filho, o pai e o estado.
Diante de diversas experiências diferentes podemos retratar:
a ausência do parceiro na criação do filho
a falta da presença da mãe no dia a dia por conta do trabalho
a questão da dupla jornada de trabalho
a violência obstétrica
as relações de mães não biológicas
o estado contra o aborto
o julgamento da sociedade perante isto

Relatado por Rebeca Neres

domingo, 3 de junho de 2018

[12/05/2018] 4ª OFICINA PROMOTORAS LEGAIS POPULARES CEILÂNDIA


RELATORIA DA OFICINA 12/05/2018

O tema da oficina foi racismo, as colegas compartilharam suas experiências e vivências relacionadas ao tema e fizemos uma dinâmica sobre o reconhecimento de privilégios.

Relatoria em forma de desenho feito pela cursista Mari Duarte