5ª OFICINA DO ANO
27 de Maio de 2023
O motivo da reunião deste dia, basicamente foi realizar dinâmicas em grupo, que
ofereciam a percepção concreta e/ou inconsciente de como podemos nos relacionar através
da comunicação não-violenta, isto é, comunicar ideias umas com as outras de modo, que
mesmo discordando dessas ideias, o ideais de respeito, harmonia, equilíbrio, civilidade e
empatia foram alcançados com sucesso.
Através da dinâmica da dança onde, no rádio estava tocando músicas e todas nós
dispostas em círculo, escolhemos aleatoriamente outra pessoa para formar uma dupla.
O objetivo é que uma pessoa levante a mão e guie a outra pessoa que estará focada
apenas no movimento da mão da outra pessoa, portanto, ao som da música, ambas devem
confiar uma na outra, pois que aquela que está focada apenas na mão, não está vendo se há
outra pessoa atrás dela, enquanto caminha, bem como sua parceira deve ter o mesmo
cuidado com ela.
Assim é possível perceber que na coletividade, independente do seu foco, você pode
cuidar do outro exercendo empatia e simpatia, enquanto estabelece uma relação de
confiança, que é o ponto inicial para uma relação harmônica.
Em seguida, houve outra dinâmica, em que ouvindo o parecer de todas as presentes,
decidimos aquilo que queremos ou não queremos que vigore dentro do ambiente do curso
das Promotoras Legais Populares – PLP’s, no sentido de que sejam indicações de condutas
de boa convivência entre nós, de maneira que todas se sintam acolhidas e respeitadas em
suas individualidades, dentro do grupo. Conforme a seguir:
Após estabelecermos juntas, uma espécie de “Termo de Conduta”, houve outra
dinâmica para o treino da escuta ativa entre nós, onde cada uma de nós contou como estava
se sentindo quando chegou para o momento da reunião, e em seguida esta escolheu uma
outra pessoa, para fazer três perguntas sobre o conteúdo da explanação.
Desse modo, verificou-se que não apenas a pessoa que falava estava sendo ouvida
com atenção, mas sim todas as pessoas presentes, pois que, como não se sabia quem ela
escolheria para fazer as perguntas, todas nós escutamos os relatos atenciosamente.
Ainda assim, fica a dúvida se a pessoa ouviu atentamente, porque seria perguntada,
ou por empatia a todos os relatos, ou porque se identificou com os relatos, enfim, a resposta
fica dentro de cada uma, porém este é o sentido da dinâmica, treinar a escuta ativa, o que
significa que você deve ouvir aquilo que a outra pessoa fala, com a mesma atenção da qual,
você gostaria de ser ouvida.
Após todos os relatos, verificou-se que todas nós falamos de vários assuntos
diferentes, posto que a diversidade de rotinas de vidas, e a maneira com que cada uma, se
sente em relação às suas vivências diárias é ampla, no entanto, o conteúdo principal foi o
acolhimento e respeito com que todas puderam falar de seus sentimentos, pensamentos e
sensações sem julgamentos e com curiosidade, ou seja, o fato de ter um espaço, em que
você fala, e as pessoas têm alegria e interesse em te ouvir: é hábito raro no tempo e nos
espaços que habitamos atualmente.
Em seguida, houve outra dinâmica onde nos separamos em trio, e cada uma falou de
comidas que gostava e que não gostava de comer, e deveria haver um consenso entre o trio
de ao menos uma coisa de que as três pessoas gostavam de comer, e também de que não
gostavam de comer.
Dessa forma, foi perceptível de que houve trios que decidiram o tema com facilidade
e harmonia, e outros trios que decidiram o tema, com um pouco mais, de dificuldade
consensual até chegar a termo. Isso acontece porque o entrelaçamento de culturas entre
famílias em nosso país faz com que a culinária seja muito diversa, ou seja, por exemplo,
quem cresceu numa família nordestina tende a gostar mais de coentro, mesmo havendo
nordestinos que não apreciem o tempero, bem como quem cresceu numa família de
descendência italiana adora massas, como a lasanha.
Assim, como disse uma de nós, a comida representa especialmente afeto e amor, a
pessoa não se alimenta apenas da comida e temperos, mas do sentimento com que o
alimento foi preparado e também quem cozinhou para nós, ou nos ensinou a cozinhar, para
que nos alimentemos sempre daquele alimento como uma memória sensorial de alegria e
satisfação.
A mesma dinâmica foi feita com relação a música, e foi perceptível que em alguns
casos, a música ou o estilo musical que ouvimos, inicialmente, pode vir das pessoas que
convivemos, até chegar a uma fase da vida, em que você escolhe os estilos musicais que
ouve, por si mesmo, porém a partir de uma construção individual de músicas e ritmos que
possuem significados individuais e pessoais a cada uma de nós, por exemplo, ouvir rap
porque seu irmão ouvia, ou crescer ouvindo forró em casa, porque seus avós gostavam, e
quando você se torna adulta, passa a aprender aulas de forró porque se recorda com carinho
de seus avós.
Dessa maneira, a música também representa reviver memórias de alegria ou não,
num espaço particular de sua mente, porém em alguns momentos, você escolhe viver isso
dentro da sua cabeça compartilhando com a coletividade, através de uma vivência em grupo,
por exemplo, dançando com outras pessoas.
Assim a música que você ouve pode demonstrar a maneira com que você se relaciona
com as outras pessoas, mas somente enquanto está vivendo aquele ritmo, isto é, você pode
revoltar-se com a política de uma maneira geral, e se identificará com músicas de protesto,
de modo que se sentirá acolhida quando estiver num ambiente, em que você encontra
pessoas que pensam e sentem como você. Esse aspecto do pensamento, se aplica a qualquer
estilo musical, no entanto, é importante salientar que a pessoa não é a roupa que ela veste ou
estilo musical que ela ouve, mas isso é parte da construção de afetos desenvolvidos ao longo
de sua vida, ou seja, a pessoa é muito mais do que aquilo que ela come, veste, ouve ou tem
como crença.
Por fim, todas nós fizemos uma colagem num quadro, onde havia uma árvore com
muitos galhos, ao passo que cada uma escreveu seu nome numa folhinha verde, a qual
escolheu um galho vazio e colou a folhinha no galho, de modo que a árvore “seca” se tornou
uma árvore frondosa e com fortes raízes em suas crenças e princípios daquilo que acredita
ser um mundo melhor, adquirindo a consciência da responsabilidade que é fazer parte dessa
árvore, no sentido de que deve retirar de dentro dela os cupins da intolerância, afastar as
ervas daninhas do desinteresse, alimentá-la com respeito e empatia através da seiva do
amor, do afeto, da escuta ativa e da confiança que vem da fortaleza de suas raízes plantadas
no coração de cada uma de nós.
Obrigada pela atenção à leitura!
Um abraço a cada leitor e leitora!
Relatoria da cursista: Cíntia Breve de Souza.
Após estabelecermos juntas, uma espécie de “Termo de Conduta”, houve outra
dinâmica para o treino da escuta ativa entre nós, onde cada uma de nós contou como estava
se sentindo quando chegou para o momento da reunião, e em seguida esta escolheu uma
outra pessoa, para fazer três perguntas sobre o conteúdo da explanação.
Desse modo, verificou-se que não apenas a pessoa que falava estava sendo ouvida
com atenção, mas sim todas as pessoas presentes, pois que, como não se sabia quem ela
escolheria para fazer as perguntas, todas nós escutamos os relatos atenciosamente.
Ainda assim, fica a dúvida se a pessoa ouviu atentamente, porque seria perguntada,
ou por empatia a todos os relatos, ou porque se identificou com os relatos, enfim, a resposta
fica dentro de cada uma, porém este é o sentido da dinâmica, treinar a escuta ativa, o que
significa que você deve ouvir aquilo que a outra pessoa fala, com a mesma atenção da qual,
você gostaria de ser ouvida.
Após todos os relatos, verificou-se que todas nós falamos de vários assuntos
diferentes, posto que a diversidade de rotinas de vidas, e a maneira com que cada uma, se
sente em relação às suas vivências diárias é ampla, no entanto, o conteúdo principal foi o
acolhimento e respeito com que todas puderam falar de seus sentimentos, pensamentos e
sensações sem julgamentos e com curiosidade, ou seja, o fato de ter um espaço, em que
você fala, e as pessoas têm alegria e interesse em te ouvir: é hábito raro no tempo e nos
espaços que habitamos atualmente.
Em seguida, houve outra dinâmica onde nos separamos em trio, e cada uma falou de
comidas que gostava e que não gostava de comer, e deveria haver um consenso entre o trio
de ao menos uma coisa de que as três pessoas gostavam de comer, e também de que não
gostavam de comer.
Dessa forma, foi perceptível de que houve trios que decidiram o tema com facilidade
e harmonia, e outros trios que decidiram o tema, com um pouco mais, de dificuldade
consensual até chegar a termo. Isso acontece porque o entrelaçamento de culturas entre
famílias em nosso país faz com que a culinária seja muito diversa, ou seja, por exemplo,
quem cresceu numa família nordestina tende a gostar mais de coentro, mesmo havendo
nordestinos que não apreciem o tempero, bem como quem cresceu numa família de
descendência italiana adora massas, como a lasanha.
Assim, como disse uma de nós, a comida representa especialmente afeto e amor, a
pessoa não se alimenta apenas da comida e temperos, mas do sentimento com que o
alimento foi preparado e também quem cozinhou para nós, ou nos ensinou a cozinhar, para
que nos alimentemos sempre daquele alimento como uma memória sensorial de alegria e
satisfação.
A mesma dinâmica foi feita com relação a música, e foi perceptível que em alguns
casos, a música ou o estilo musical que ouvimos, inicialmente, pode vir das pessoas que
convivemos, até chegar a uma fase da vida, em que você escolhe os estilos musicais que
ouve, por si mesmo, porém a partir de uma construção individual de músicas e ritmos que
possuem significados individuais e pessoais a cada uma de nós, por exemplo, ouvir rap
porque seu irmão ouvia, ou crescer ouvindo forró em casa, porque seus avós gostavam, e
quando você se torna adulta, passa a aprender aulas de forró porque se recorda com carinho
de seus avós.
Dessa maneira, a música também representa reviver memórias de alegria ou não,
num espaço particular de sua mente, porém em alguns momentos, você escolhe viver isso
dentro da sua cabeça compartilhando com a coletividade, através de uma vivência em grupo,
por exemplo, dançando com outras pessoas.
Assim a música que você ouve pode demonstrar a maneira com que você se relaciona
com as outras pessoas, mas somente enquanto está vivendo aquele ritmo, isto é, você pode
revoltar-se com a política de uma maneira geral, e se identificará com músicas de protesto,
de modo que se sentirá acolhida quando estiver num ambiente, em que você encontra
pessoas que pensam e sentem como você. Esse aspecto do pensamento, se aplica a qualquer
estilo musical, no entanto, é importante salientar que a pessoa não é a roupa que ela veste ou
estilo musical que ela ouve, mas isso é parte da construção de afetos desenvolvidos ao longo
de sua vida, ou seja, a pessoa é muito mais do que aquilo que ela come, veste, ouve ou tem
como crença.
Por fim, todas nós fizemos uma colagem num quadro, onde havia uma árvore com
muitos galhos, ao passo que cada uma escreveu seu nome numa folhinha verde, a qual
escolheu um galho vazio e colou a folhinha no galho, de modo que a árvore “seca” se tornou
uma árvore frondosa e com fortes raízes em suas crenças e princípios daquilo que acredita
ser um mundo melhor, adquirindo a consciência da responsabilidade que é fazer parte dessa
árvore, no sentido de que deve retirar de dentro dela os cupins da intolerância, afastar as
ervas daninhas do desinteresse, alimentá-la com respeito e empatia através da seiva do
amor, do afeto, da escuta ativa e da confiança que vem da fortaleza de suas raízes plantadas
no coração de cada uma de nós.
Obrigada pela atenção à leitura!
Um abraço a cada leitor e leitora!
Relatoria da cursista: Cíntia Breve de Souza.
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