quarta-feira, 23 de agosto de 2017

[15º Encontro da Turma de Promotoras Legais Populares da Ceilândia. Tema do dia: Padrões de Beleza e Autoestima]




Aqui está mais uma de nossas relatorias contando como ocorreu a oficina aos olhos da cursista Larissa. Dá uma lida!


[12/08/2017]


Fizemos o aquecimento habitual para as atividades serem iniciadas, depois fomos divididas em 6 grupos. Nos deram uma revista e nos pediram para colhermos e destacarmos o que a gente considerava que seria dito como padrões de beleza, tanto padrões ditos bonitos quanto os ditos feios. Junto com as revistas nos entregaram cola, tesoura e uma cartolina. Depois de executarmos as atividades, abrimos a discussão para a roda grande, no qual todas puderam expor o que acharam na revista e o que formularam no cartaz. Os grupos, em geral, tiveram muita dificuldade de achar mulheres negras, haviam muitas fotos de mulheres brancas. Os estereótipos da cultura branca se encontravam evidentemente  exaltado, e quando havia representando a cultura negra, notava-se claramente uma apropriação cultural, brancas a representando roupas que são caracterizadas como da cultura negra. A partir disso, foi puxado um link para questões que envolvem a ligação do direito e esses estereótipos.  Dependendo da sua cor, da forma como você se veste, ou se estão de acordo com os padrões, seus direitos serão ou não garantidos e colocados em prática. Outra temática colocada na discussão foi sobre obesidade, nas revista não havia nenhum tipo de representatividade dessa população.
Depois dessa discussão fomos para o lanche e na volta assistimos a uns vídeos que nos faziam enxergar o quanto a beleza é idealizada e o quanto os padrões são surreais , um dos vídeos mostrava o tratamento que davam no Photoshop nas fotos das modelos. A beleza que somos induzidas a seguir não existe e a maioria das pessoas destroem o que possuem por dentro tentando alcançar essa beleza surreal. Um dos vídeos mostravam essa destruição. É muito triste perceber essas coisas, vê que somos influenciadas e como somos cobradas a sermos impecáveis.

Larissa Santos

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

[14º Encontro da Turma de Promotoras Legais Populares de Ceilândia. Tema do dia: Tráfico de Pessoas]



A relatoria desse encontro expõe, de forma detalhada, os momentos de clareza pelos quais passaram as cursistas a cerca do tema, que pode ser considerado estranho à muitas pessoas. Mais uma vez tivemos uma oficina cheia de aprendizado e com promessas de impactar não somente a vida das mulheres do curso, mas também das de fora. Maravilhosa. Confere aí!


[05/08/17]


O encontro do dia 05.08.17 foi regido por Rosa Maria e Laerzi, com a colaboração da Imã e Dani.
O tema deste encontro foi TRÁFICO DE PESSOAS, bem como foi feito também a divulgação do Projeto Vez e Voz, desenvolvido pela Rosa Maria, em Águas Lindas.
A oficina começou com alguns questionamentos feitos pelas mediadoras, sendo que nós, participantes, deveríamos nos deslocar em direção ao SIM ou NÃO que corresponderia às nossas respostas. Os questionamentos variavam sobre o conceito de tráfico de pessoas, aonde ocorre, quem são suas vítimas, quais suas consequências...
Feito esta dinâmica as mediadoras se voltaram a explicar o tema.
O TRÁFICO DE PESSOAS pode ser caracterizado pela promessa de trabalho que leva as vítimas a situações de exploração sexual, trabalho escravo, tráfico de órgãos, adoção ilegal e servidão por dívida.
Dados da OIT – Organização Internacional do Trabalho, indicam que o tráfico de pessoas movimenta anualmente cerca de 150 bilhões de dólares, sendo a terceira atividade criminosa mais rentável no mundo, ficando atrás do tráfico de drogas e do tráfico de armas. Além disso, dizem ainda que 83% dos escravos comercializados no mundo são mulheres.


Como dito anteriormente, diversas são as situações que caracterizam o tráfico de pessoas e diversos são seus alvos.

- EXPLORAÇÃO SEXUAL: alvo, na maioria, são mulheres. Levadas para lugares onde não podem ter acesso à familiares ou conhecidos, vivendo sob condições desumanas e são obrigadas a trabalhar incansavelmente, fazendo, por vezes, até 15 programas sexuais por dia.


- TRABALHO ESCRAVO: pessoas são aliciadas com promessas de emprego, bons salários e, na verdade, são submetidas a permanecerem em locais degradantes, trabalhos excessivos e são privadas de quaisquer direitos e liberdade.

- TRÁFICO DE ÓRGÃOS: pessoas também aliciadas com promessas de melhorias na vida, contudo são levadas objetivando o tráfico de seus órgãos.

- ADOÇÃO ILEGAL: pessoas que se organizam para adotar crianças, com o intuito de “moldá-las”, criá-las e direcioná-las para seus objetivos, podendo ser tanto o trabalho escravo, quanto tráfico de órgãos e/ou exploração sexual.

- SERVIDÃO POR DÍVIDA: pessoas que são levadas por falsas promessas, ficam privadas de qualquer contato com parentes ou amigos, obrigadas a trabalhar ou se prostituir a fim de que paguem pelas despesas que geraram com a locomoção e sobrevivência no local em que se encontram, todavia, essas despesas NUNCA são quitadas.

O combate ao tráfico de pessoas conta atualmente com o protocolo das Nações Unidas, definido na Convenção de Palermo, o qual foi consolidado como a primeira tentativa de combate a este crime, buscando a prevenção, repressão e punição. No Brasil existem ações governamentais que abrangem o Ministério das Relações Exteriores, Secretaria de Justiça, Ministério Público e o Governo do Distrito Federal.
Após as explicações quanto ao tema inicial, foi apresentado um documentário em sala – TRÁFICO HUMANO – DESPERTE PARA ESSA REALIDADE.

Como dito anteriormente, diversas são as situações que caracterizam o tráfico de pessoas e diversos são seus alvos.
- EXPLORAÇÃO SEXUAL: alvo, na maioria, são mulheres. Levadas para lugares onde não podem ter acesso à familiares ou conhecidos, vivendo sob condições desumanas e são obrigadas a trabalhar incansavelmente, fazendo, por vezes, até 15 programas sexuais por dia.
- TRABALHO ESCRAVO: pessoas são aliciadas com promessas de emprego, bons salários e, na verdade, são submetidas a permanecerem em locais degradantes, trabalhos excessivos e são privadas de quaisquer direitos e liberdade.
- TRÁFICO DE ÓRGÃOS: pessoas também aliciadas com promessas de melhorias na vida, contudo são levadas objetivando o tráfico de seus órgãos.
- ADOÇÃO ILEGAL: pessoas que se organizam para adotar crianças, com o intuito de “moldá-las”, criá-las e direcioná-las para seus objetivos, podendo ser tanto o trabalho escravo, quanto tráfico de órgãos e/ou exploração sexual.
- SERVIDÃO POR DÍVIDA: pessoas que são levadas por falsas promessas, ficam privadas de qualquer contato com parentes ou amigos, obrigadas a trabalhar ou se prostituir a fim de que paguem pelas despesas que geraram com a locomoção e sobrevivência no local em que se encontram, todavia, essas despesas NUNCA são quitadas.
O combate ao tráfico de pessoas conta atualmente com o protocolo das Nações Unidas, definido na Convenção de Palermo, o qual foi consolidado como a primeira tentativa de combate a este crime, buscando a prevenção, repressão e punição. No Brasil existem ações governamentais que abrangem o Ministério das Relações Exteriores, Secretaria de Justiça, Ministério Público e o Governo do Distrito Federal.
Após as explicações quanto ao tema inicial, foi apresentado um documentário em sala – TRÁFICO HUMANO – DESPERTE PARA ESSA REALIDADE.
Eu só peço a Deus
Que a dor não me seja indiferente
Que a morte não me encontre um dia
Solitário sem ter feito o que eu queria
Eu só peço a Deus
Que a dor não me seja indiferente
Que a morte não me encontre um dia
Solitário sem ter feito o que eu queria
Eu só peço a Deus
Que a injustiça não me seja indiferente
Pois não posso dar a outra face
Se já fui machucada brutalmente
Eu só peço a Deus
Que a guerra não me seja indiferente
É um monstro grande e pisa forte
Toda a pobre inocência dessa gente
Eu só peço a Deus
Que a mentira não me seja indiferente
Se um só traidor tem mais poder que um povo
Que este povo não esqueça facilmente
Eu só peço a Deus
Que o futuro não me seja indiferente
Sem ter que fugir desenganando
Pra viver uma cultura diferente
Finalmente arrisco dizer que todas saímos impactadas desta reunião.  
A realidade foi chocante, triste, frustrante, mas, ao mesmo tempo, gerou combustível para buscarmos e lutarmos pelas mudanças necessárias à erradicação desta realidade desumana que se propaga em nosso país e no mundo.

Elane Pires

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

[13º Encontro Da Turma de Promotoras Legais Populares Da Ceilândia. Tema do dia: Direitos Sexuais e Reprodutivos- Aborto]


[15/07/2017]


No dia de hoje, começamos os trabalhos com um aquecimento em que cada mulher fez uma mímica sobre algo que gostava de fazer. Vimos de tudo: ler, dançar, jogar capoeira, cozinhar, cantar. Somos muitos diversas e talentosas. Após o aquecimento, recebemos duas convidadas (Joluzia Batista e Masra de Abreu) que se propuseram a falar sobre direitos sexuais e reprodutivos das mulheres.


As palestrantes nos mostraram a necessidade de nós, mulheres, nos posicionarmos com intuito de termos domínio sobre nossos corpos e consequentemente sobre nossa sexualidade e vida reprodutiva. Desde os primeiros movimentos de mulheres reivindicando tais direitos, como o uso da pílula anticoncepcional, o direito ao aborto em caso de estupro e a separação entre religião e Estado, vimos que a luta é necessária, pois, sempre existem aqueles que querem retirar direitos já conquistados por nós.
Diante disso, falamos também sobre o conservadorismo e o fundamentalismo religioso presentes em nossa sociedade e como esses institutos trouxeram reflexos negativos ao âmbito familiar por meio da reprodução de discursos machistas e contrários aos direitos das mulheres, como aqueles que são contra o planejamento familiar, o uso da “pílula do dia seguinte” e o aborto de fetos anencéfalos, pois, acreditam que a mulher deve manter a gravidez em qualquer circunstância ou que o feto tenha inúmeros direitos.
Ainda, tratamos da necessidade de se manter a laicidade do Estado. Atualmente, política e religião tem se misturado o que gera a criação de leis por instituições muito conservadoras. Desse modo, são produzidas normas visando a diminuir, controlar e, até mesmo acabar com a autonomia das mulheres em relação aos seus próprios corpos.
Nesse contexto, durante o debate, discutimos a necessidade da humanização do parto.
Muitas mulheres até hoje sofrem muito nesse momento que deveria ser prazeroso e gratificante. Falta informação nos hospitais e empatia de muitos profissionais da saúde. Foi abordada também a dificuldade em se realizar procedimentos para impedir uma gravidez futura como a laqueadura ou ligadura de trompas.
Sendo assim, percebemos a importância de resistirmos frente a esses discursos que acabam por limitar direitos já conquistados pelas mulheres. Por meio de debates e rodas de conversa como essa de hoje é que movimentamos mais mulheres na luta diária pela manutenção e conquista de nossos direitos sexuais e reprodutivos.
Para encerrar o semestre, fizemos uma roda em que dissemos o que aprendemos com nosso projeto, foi muito satisfatório ouvir cada uma das mulheres e perceber nosso crescimento e empoderamento.


Luiza Moreira

[12° Encontro da Turma de Promotoras Legais Populares da Ceilândia. Tema do dia: Religiões e Espiritualidade]

[08/07/17]


Oficina espiritualidade
A oficina começou bombando, para nos aquecer no sábado de manhã nada melhor do que remexer o corpo ao som de uma música bem animada. Todas participaram da dança propondo um movimento para compor a coreografia, umas seguindo as propostas das outras.  
Depois de aquecidas, assistimos a uma parte do documentário Eu maior, o qual deixou um gostinho de quero mais, pois logo em seguida do pequeno trecho foi aberta a roda para debate. O vídeo foi bastante enriquecedor para instigar nossa conversa, trazendo reflexões sobre o sentido da existência, o que nos fortalece quando não encontramos respostas e os diferentes modos que cada uma tem de desenvolver sua espiritualidade.
Na segunda parte da oficina nos dividimos em grupos que manifestaram a tamanha diversidade de crenças presentes no nosso projeto, mulheres católicas, mulheres de religiões de matriz africana, mulheres evangélicas, mulheres espiritualistas, mulheres naturalistas, mulheres que ensejavam o autoconhecimento e ainda mulheres que não se identificavam com nenhum tipo de religião.  
Para esses grupos foi proposta a reflexão em comum acordo das mulheres integrantes de cada um deles sobre qual seria a essência de sua crença, ou defesa e um modo de defini-la. Nos reunimos nesses grupos diversos de acordo com a orientação a qual mais nos identificávamos. Nesses grupos trocamos ideias sobre o que seria de maior importância para destacar dentro das nossas crenças. As discussões foram muito fecundas e logo após a discussão cada grupo apresentou em uma fotografia teatral qual seria, segundo acordado entres as componentes, definido como o mais importante a depender da fé propagada. As muitas imagens formadas puderam reforçar a diversidade presente em nosso grupo e afirmar a possibilidade de convivência com crenças diversas conhecendo e aprendendo um pouco mais sobre cada uma delas e afirmando a importância para o fortalecimento do grupo de cultivarmos o respeito e abertura para o novo e diferente. Abaixo seguem as fotos.
Para reafirmar nossa união cada uma desejou no final da oficina algo bom para as outras conforme a sua crença. Foi lindo!!!!


Whitney


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Documentário Eu Maior