“Quero
pedir desculpas a todas mulheres
Que
descrevi como bonitas
Antes
de dizer inteligentes ou corajosas
Fico
triste por ter falado como se
Algo
tão simples como aquilo que nasceu com você
Fosse
seu maior orgulho quando seu
Espírito
já despedaçou montanhas de agora em diante vou dizer coisas como
Você
é forte ou você é incrível
Não
por que eu não te ache bonita
Mas
por que você é muito mais do que isso”
Rupi kaur
Realizando
a leitura de pequenos poemas com mensagens poderosas como esse descrito acima,
foi como iniciamos mais um sábado. O impacto de cada pequena leitura, foi
sentido a cada momento da oficina em que fomos convidadas a olhar para dentro,
o que fazemos por nós mesmos? Como nos cuidamos? Qual é nosso tempo a sós?
Quais são as nossas qualidades?
O
que é saúde mental para você? Foi assim que começamos a segunda etapa de mais
um encontro das PLP’s. Orientada pela
oficineira convidada e psicóloga Uila, fomos divididas em grupos e orientadas a
compartilhamos o que percebemos como como saúde mental. Dentre os grupos
houveram convergência de ideias, considerando a saúde mental como a
autocuidado, autoconhecimento, equilíbrio das emoções, qualidade de vida,
verdade e respeito com os sentimentos, bem-estar e auto estima dentre outros.
Saúde
mental também foi discutida entre os grupos em relação ao social. Um dos grupos
discutiu como manter saúde mental nos relacionamentos, que muitas vezes são
ambiente tóxicos, de humilhações e até adoecedores. Um outro grupo ponderou
como podemos manter uma saúde mental em um contexto político de tanto ódio e
retrocesso? Como resistir sem adoecer, como estar na luta e não acabar com a
sanidade que nos resta?
Em
um outro grupo foi pensado, em como manter a saúde mental numa vida que parece
uma constante corrida, onde tem que se cumprir prazos na faculdade e no
trabalho. Que parece que não se tem tempo para pensar em si? Temos apenas tempo
para alcançar uma linha de chegada imaginária.
No
terceiro momento fomos convidadas pela oficineira a refletir o que fazemos por
nós mesmos em relação a nossa saúde física, mental, emocional e espiritual.
Vária plp’s relataram dificuldade em pensar o que faziam para si em relação a
cada uma dessa áreas, muitas das vezes, apenas uma parte da saúde estava sendo
cuidada. Ou mesmo o que considerávamos como cuidado conosco, era na verdade
algo que fazíamos pelo outro.
No
quarto e último momento fomos convidadas a reconhecer qualidades em nós mesmo.
Nesse momento foi possível perceber que houve facilidade de algumas PlPs em
reconhecer suas qualidades, enquanto outras, naquele momento não reconheceram
as qualidades que têm. Logo, no momento em que algumas mulheres não
reconheceram suas qualidades, tivemos a ajuda de outras mulheres para
lembrarmos tudo o que somos em qualidade. E temos aqui duas qualidades para
todas PLPs: empatia e generosidade.
Esse
momento em particular, me remete ao poema escrito no começo desse relato. É
impossível encontrar alguém nesse grupo sem nenhuma qualidade, muito além da
beleza, todos os compartilhamentos nesses quatro meses de encontros demonstram
que estamos rodeadas de mulheres fortes, abertas a aprender, que resistem aos
seus problemas todos dias sejam eles pequenos ou grandes, que falam bem em
público, que têm consciência social, que fazem diferença em sua comunidades,
são inteligentes e corajosas e outras tantas qualidade que apenas ainda não
tivemos chance de conhecer para enumerar aqui.
Nessa
oficina fomos convidadas a realizarmos um processo introspectivo, de olhar para
dentro, mas foi um alento perceber que ao olhar para fora podemos receber de
outras mulheres a força para nos ajudar.
E
por último a todas PLPs:
“Todas
nós seguimos em frente quando
Percebemos
como são fortes
E
admiráveis as mulheres
Á
nossa volta”
Rupi kaur
Relatoria por Mariane Abreu
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