Eu cresci acreditando que existia
coisa de mulher e coisa de homem. Curioso que as coisas de homem sempre
pareciam mais legais do que as que as mulheres desempenhavam; na infância eu
tinha que estar sempre impecável, afinal meninas não andam bagunçadas.
Na adolescência também, somado ao
conjunto de novas regras que eu tinha que obedecer, senão jamais arrumaria um
namorado.
Ao contrário de muitas mulheres
fortes que eu conheço hoje, eu nunca questionei o mundo ao meu redor. Ele é
assim e ponto final.
E foi por não me contentar com o
mundo a minha volta que eu comecei a questionar.
Quando resolvi ir para a reunião das PLPs
achei que teria pouquíssimo a dizer, afinal o que eu sei do mundo?
E foi então que eu aprendi que apesar
de todas as mulheres terem trajetórias parecidas, as vezes é preciso um
ambiente em que elas possam falar. Sem que alguém as julgue e quem sabe
encontrar relatos tão encorajadores que fechem velhas feridas e deem força para
continuar.
Relatoria da cursista Rafaela Alves
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