Aborto não deve ser
crime
Neste dia tivemos a sempre maravilhosa presença da nossa
advogada - Lívia e da nossa amada PLP
defensora dos direitos das mulheres por toda a sua vida - Rosa Maria.
Debatemos sobre a questão da descriminalização do aborto,
que é um tema delicado e doloroso que divide opiniões e que causa estranheza até mesmo no dias de
hoje. Todas as PLPs estavam ativas ao debate polêmico, com suas experiências,
vivências e também com histórias de vida de mulheres conhecidas.
O debate como era de se esperar causou muita comoção
entre nós, o que é naturalmente
aceitável do ponto de vista de que somos diferentes em várias aspectos da vida
e também aspectos religiosos, que também foram tratados e muito bem
esclarecidos pela Dra. Lívia.
Acredito que neste dia tenhamos discutido muitas, mais
muitas questões envolvendo o tema, pois passamos uma hora do horário de término
da oficina, debatendo e sendo mediadas
por Rosa Maria e Dra. Lívia nas questões dos direitos, ética médica e como podemos buscar mais esclarecimentos
acerca do tema e como podemos proteger umas as outras e auxiliar no momento em
que esperamos a tão sonhada - SORORIDADE
Questões debatidas:
1-
Assistimos uma entrevista sobre as poucas parlamentares
que temos para defender nossos direitos
e sobre parlamentares do sexo masculino decidirem leis direitos e deveres das mulheres, quando
na verdade a mulher melhor que ninguém pode e deve colocar em debate a sua
própria situação de mulher que sabe o que passa e sofre em seu dia-a-dia
2-
Foram citados no debate alguns filmes como: Apenas cinco minutos; O quarto de Jack e O aborto dos outros.
3-
Discriminação de gênero no aborto, o homem nunca
é criminalizado na questão do aborto.
4-
O Brasil
é o quarto país em que mais morre mulheres por aborto. É uma questão de saúde
pública que se legalize o aborto. URGENTE!
5-
O corpo da mulher é o mais importante no momento
da gravidez indesejada e só ela pode
decidir pelo seu próprio corpo. O
nascituro não é considerado sujeito, portanto não é um assassinato.
6-
Normalmente nos países que legalizam o aborto
percebe-se uma significante redução do aborto, então vale ressaltar que o
diálogo pode trazer o conforto que a
mulher precisa para decidir o melhor para ela neste momento.
7-
A mulher aborta clandestinamente e chega ao
hospital para corrigir situações que não deram certo. O estado precisa debater conosco nos amparar nos respeitar e entender as diversas situações. O gasto do
estado é maior quando a mulher aborta clandestinamente.
8-
Apenas algumas propostas tramitam no congresso
para os direitos das mulheres, enquanto milhares são contra os direitos das
mulheres.
9-
O ministério público, não tem compromisso com a
pessoa, inclusive pode achar que a vítima pode ser culpada. Quem vai de fato
defender a vítima é o advogado, ele sim tem compromisso com a vítima.
10-
A mediação também pode não ser boa para a
mulher.
11-
No caso da menina que foi estuprada por 30
homens, toda a família está sob proteção
a testemunhas.
12-
São Sebastião tem uma juíza voltada para os
direitos das mulheres, Dra. Regiane. Que
Maravilha!!!
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