terça-feira, 29 de julho de 2025

9ª OFICINA DE 2025

 

9ª OFICINA DE 2025


 Nesta oficina tivemos a oportunidade de celebrar! O melhor de tudo que temos um aprendizado a cada dia que se passa 🥰
Viver essa experiência é espetacular 🥳
Sentir o vento soprar em seus pensamentos não é só genia;l mas sim um sentindo da vida 💞
Vejo que a união de todos é sempre uma nova experiência pra cada uma de nós. 
Chegar no final da noite e ter um agradecimento por ter olhado tantas coisas que conquistou. 
Dormir e acordar no dia seguinte com outros projetos e o melhor vencer.
Escrever uma história e não apagar👌
Ler uma história e ter ela guardada em sua memória. 
Sonhar e saber que conseguiu chegar até lá. 
Samos mais que vencedoras pois estamos vendo o quanto fiz e o quanto podemos fazer...
Agradeço por todos os dias olhar pra cada uma de vcs e ver o quanto aprendir. 
Somos Plps😘❤️

Relatoria da cursista: Nidi





8ª OFICINA DE 2025

 

8ª OFICINA DE 2025


 A intersecção entre classe, gênero e política evidencia como diferentes formas de desigualdade se combinam para limitar o acesso de certos grupos ao poder. Mulheres de classes populares, especialmente negras e periféricas, enfrentam barreiras ainda maiores para participar da vida política em comparação com homens ou mulheres de classes mais altas. O sistema político brasileiro, historicamente dominado por homens brancos e ricos, dificulta a entrada de vozes diversas, reproduzindo desigualdades sociais e econômicas. A falta de representatividade não é apenas numérica, mas também simbólica: quem toma decisões, em geral, não vive a realidade da maioria da população. Ampliar a presença de mulheres, especialmente das classes populares, nos espaços de poder é fundamental para construir políticas públicas mais justas, inclusivas e conectadas com as necessidades reais do povo.

 Nesta oficina recebemos a convidada Ísis Menezes Táboas, Doutora em Direito pela UNB e pesquisadora do Direito achado na Rua, que trouxe em sua vasta experiência a possibilidade de compreendermos de forma dinâmica e abrangente o quão importante é tal temática, de modo a questionar todo um sistema que nos cerca.

 



7ª OFICINA DE 2025

 

7ª OFICINA DE 2025


Ter ou ser, eis a questão!!

Estamos num país que se vive de Status e aparência. É evidente enxergamos inúmeras pessoas oriundas de raízes muito humildes, muito simples, ao galgarem um patamar mais elevado na estratificação social,internalizarem ser pessoas abastadas, ou os " novos ricos", afastando-se assim de sua origem, suas raízes, sua história pregressa e não mais se identificarem como Classe trabalhadora, como classe explorada pelo sistema.

Nesse espaço ou contexto, boa parte dessas pessoas vive suas "verdades" de maneira irrefletida e alienada. Estamos em um momento em que possuir um bom emprego, um bom salário, ser um empreendedor de sucesso, ter uma boa movimentação financeira, ter casa, carro,viajar uma ou várias vezes para cidades históricas ou praias paradisíacas é sinônimo de riqueza e vida abastada.

Percebe-se que a ideia ou a narrativa mil vezes propalada pelos Coachs do " se faça por si mesmo", corra riscos e realize ou não deixe que os perdedores te puxem pra baixo já virou um mantra e está latente nos pensamentos e ações de milhões de brasileiros. Com essa narrativa de conquistar os seus objetivos pelos seus próprios méritos, esses Coachs produzem um desserviço à sociedade, haja vista que a dimensão da coletividade é invisibilizada e a luta de classes também.

A conclusão de estarem num patamar acima  dos reles mortais lhes dão a sensação de superioridade e privilégio, dando lhes o direito de enxergar os mais fracos ou menos favorecidos como pessoas comuns, desimportantes, dispensáveis.

Com essa visão totalmente distorcida, aliando-se a uma amnésia e miopi aguda, à medida que vão galgando patamares mais altos, os "novos ricos" esquecem de sua história de sofrimento, humilhação ,sacrifico ,luta, perseverança e exploração e começam a tratar os seus pares, os seus subalternos como lixos humanos, como se  merecessem todo o tipo de maus tratos. 

Por outro lado, indivíduos que, a vida toda, deram o sangue e a vida para auxiliar os seus patrões e suas respectivas empresas, não conseguem perceber o peso e a importância da sua força de trabalho e da sua contribuição no crescimento do patrimônio da empresa e no enriquecimento dos seus patrões.

Como se não bastasse toda a alienação  de milhões de indivíduos pelos instrumentos dessa sociedade opressora e capitalista, somos reféns, diuturnamente ,do consumo desenfreado. Vivemos numa sociedade onde nossas horas de trabalho valem quase nada e os bens de consumo, são, em inúmeras vezes inalcançáveis. Estamos inseridos numa sociedade de consumo. Sociedade essa, que transforma tudo e todos em meras mercadorias disponíveis. Tudo tem um preço, menos valor. O que importa na visão consumista é o ter e não o ser. Nessa sociedade líquida o que vale é o dinheiro e o que se pode amealhar com ele. Cada um é tratado como um cifrão de sua conta bancária. Essa mesma sociedade líquida, tão bem explícitada por Zygmunt Bauman,onde tudo é pra consumir e ser consumido. Deixa marcas indeléveis, feridas mesmo, na psique de muitas pessoas que ainda não compreenderam a lógica desse jogo perverso. Nessa visão exposta pelo escritor, nada foi feito para durar ou ser perene, menos ainda as relações afetivas. Tomando essa visão da forma mais crua possível, os indivíduos apenas ocupam lugar de destaque na sociedade enquanto apresentam valor e serventia. À medida que esse valor se esvai, aquele indivíduo ou a relação que mantinha com os demais desaparece, se desmancha, como bolhas no ar. Somos vistos como meros consumidores ou mercadorias ,pois também temos o nosso tempo de permanência ou validade na prateleira de consumo. A medida que o nosso valor de mercado evapora, somos totalmente descarados.

Relatoria da cursista: Marília 



6ª OFICINA DE 2025


 6ª OFICINA DE 2025


Para começar, tivemos um momento bem bacana de descontração com as participantes, conduzido por Sinara. Foi ótimo ver como o grupo se soltou, riu e participou com energia. A atividade tinha o objetivo de representar nossa comunicação por meio de sons e movimentos corporais.

Logo em seguida, entramos na nossa primeira discussão, que foi sobre ações afirmativas e as perspectivas atuais, com quatro notícias selecionadas pelas facilitadoras. Discutimos sobre a importância dessas políticas, mas também sobre como elas estão sendo questionadas e ressignificadas.

Depois, passamos para um segundo momento, onde o debate se aprofundou ainda mais com a convidada Éllen Daiane (Doutora em Educação - UnB). Ela nos apresentou uma  as origens das ações afirmativas no Brasil, como e por que surgiu a necessidade delas, e a importância de olhar para nossa história, entendendo que essas políticas surgiram como uma resposta necessária a desigualdades historicamente marcadas por recortes de gênero, étnico-raciais e socioeconômicos. Foi um debate muito rico, cheio de reflexões importantes, e deu para perceber como cada pessoa ali tem uma vivência e uma visão que acrescentaram muito à nossa roda.

O debate foi muito produtivo, mas, por questões de tempo e diante da seriedade e necessidade das discussões, a oficineira não pôde realizar sua dinâmica. Acho importante salientar que as participantes podem ter se esquecido do combinado de falas por inscrição e por isso, algumas demandas que poderiam ser debatidas em outros momentos encurtaram o tempo da oficina.

Saímos de lá com muita coisa para pensar e, principalmente, com mais clareza sobre por que as ações afirmativas são tão importantes no contexto brasileiro.

De forma pessoal, foi uma oficina especial para mim, pois me fez refletir sobre a minha própria trajetória. Sinceramente, eu não estaria na faculdade e muito menos no estágio onde estou hoje, se não fossem as ações afirmativas. Foi graças a essas leis que pude ter acesso e chegar aonde estou hoje.


Relatoria da cursista: Raquel Vargas 



5ª OFICINA DE 2025

 

5ª OFICINA DE 2025


 A raça, no Brasil, é um fator que impacta profundamente a realidade social da população. Apesar de o país se autodefinir por muito tempo como uma nação miscigenada e sem racismo, os dados sociais revelam outra realidade: a desigualdade racial está presente em praticamente todos os aspectos da vida cotidiana. Pessoas pretas e pardas, que compõem a maioria da população brasileira, são as que mais enfrentam dificuldades econômicas, exclusão social e acesso limitado a serviços básicos como saúde, educação e segurança. Essa diferença não é natural, mas sim fruto de um processo histórico de escravidão, marginalização e falta de políticas públicas efetivas que promovam igualdade. Enquanto a branquitude muitas vezes ocupa posições de poder e privilégio, os grupos racializados continuam lutando por reconhecimento, justiça e equidade. A compreensão da raça como uma construção social é fundamental para entender como ela estrutura desigualdades e como enfrentá-las de forma consciente e transformadora.

 Nesta oficina fizemos a divisão de pequenos grupos para leitura de textos correspondentes a raça autodeclarada pelos integrantes. Esta divisão nos proporcionou perceber qual a relação entre as nossas experiências individuais e quais experiências correspondem a realidade estrutural que nos condiciona a situações e realidades que perpassam nossas experiências como um todo, nossa luta e nossos sonhos, pois a população negra no Brasil ainda enfrenta grandes obstáculos para acessar espaços de poder e liderança, mesmo sendo maioria em nosso país, ainda são sub-representadas em cargos políticos, executivos, acadêmicos e de tomada de decisão. 

 A ausência de representatividade não reflete apenas números, mas também a dificuldade em romper barreiras impostas por estereótipos e discriminações que limitam o avanço de pessoas negras em posições de destaque.  Essa desigualdade é resultado de um histórico de exclusão social, racismo estrutural e falta de oportunidades iguais. Promover a inclusão nesses espaços é essencial para construir uma sociedade mais justa e democrática, além de proporcionar a reparação histórica de um povo. 

Relatoria da facilitadora: Lídia Reis




4ª OFICINA DE 2025

 

4ª OFICINA DE 2025



Na oficina do dia 17/05, ficamos de frente com a pergunta: “o que nos faz mulheres?” Somos muito diferentes umas das outras, mas o que nos une a ponto de todas sermos vistas como do gênero feminino?

As respostas também foram plurais, assim como nós: nossos corpos, nossas roupas, quem amamos, o que sentimos, o que fazemos e o que sofremos. Tudo isso nos une — e também nos separa — nos julgamentos que nos rotulam como mais mulheres ou menos, como dignas ou indignas.

É que, a partir do momento em que somos lidas como do gênero feminino, estamos sujeitas à violência, em seus diferentes formatos, graus e sentidos. Daí a importância de falarmos em feminismoS, no plural mesmo. Porque sim, sofremos por sermos mulheres, mas também existimos de formas diferentes — e todas elas precisam ser contempladas pela causa.

Penso que chegamos à conclusão de que ser mulher é ser um misto de revolução e resistência. Afinal, resistimos para podermos existir e revolucionamos para que um dia não seja mais necessário resistir o tempo todo.

A montagem que fiz é uma recriação digital de uma colagem que eu gostaria de ter feito numa oficina de artes. Na época, eu estava lidando com várias crises de dismorfia corporal e quis retratar esse sofrimento, mas só deu tempo de imaginar como gostaria que a colagem ficasse. Felizmente, a ideia daquela colagem nunca saiu da minha cabeça — e agora, com o apoio das PLPs, tive a oportunidade de não só concretizá-la, como também de compartilhá-la.

Pra concluir, queria dividir um trecho da música Mulamba, da banda de mesmo nome, que tocava na minha cabeça enquanto conversávamos na oficina sobre o que nos faz ser quem somos:


Mulamba

Eu sou o mastro da bandeira da revolução

Os restos do cavalo de Napoleão

Eu sou a brasa que matou Joana d’Arc

As 5 balas de John Lennon, reles cidadão


O lixo humano, escória da sociedade

Sou o que como e quem eu deixo de comer

Nasci do limbo e bailei pra essa cidade

Sou quem dá vida aos monstros que eu quero ter


Você vai lembrar quando eu te olhar lá de cima 

Vai reconhecer e vai respeitar minhas cinzas


Eu sou aquilo que ninguém mais acredita

Eu sou a p*ta, eu sou a santa e a banida

Sou a bravura e os surtos de Anita Garibaldi

Bandeira baixa ou bandeira que agita


Sou como rua, beco podre da cidade

Eu sou os filhos mal paridos da nação

Sou a coragem até no grito dum covarde

O que não basta, não se entende, eu sou um furacão.


Relatoria da cursista: Ana Luiza