quinta-feira, 25 de maio de 2017

[5° Encontro da Turma de Promotoras Legais Populares da Ceilândia. Tema do dia: Maternidade]

No dia 13 de maio de 2017, às 9:20, deu-se início a mais um encontro das Promotoras Legais Populares (PLPs) de Ceilândia-DF. Ana Maria José e Amanda se proporam a redigir a relatoria da atividade realizada neste dia.
 
[13/05/2017]

A oficina teve início com aquecimento proposto pela facilitadora Karol entre as participantes do curso, da qual o sentido era fazer com que todas se sentissem mais dispostas para estarem ali e vibrantes com a manhã que passariam juntas. Logo no primeiro momento após o aquecimento foi pronunciado o tema a ser discutido no dia: “Maternidade”.
A atividade contou  com uma caixa que continha papeizinhos com tópicos relacionados com o tema “Maternidade”, logo o intuito  era que voluntariamente as participantes que ali estavam presentes se sentissem à vontade para pegar um dos papéis que estavam dentro da caixinha e relatassem algum fato ocorrido em sua vida relacionado ao tópico escolhido.
Sendo assim os tópicos abordados foram: depressão pós-parto, violência obstétrica, gravidez, papéis de gênero, adoção. A abordagem desses tópicos proporcionou um debate para as participantes da atividade da qual possibilitou uma rica troca de experiências  através de suas vivências ou de alguém do círculo de parentesco ou de amizade.
No tópico sobre “Depressão pós-parto” podemos observar que talvez a depressão ocorre por muitas vezes por ausência do Pai da criança, durante o período de gravidez e pós-parto, ou seja, toda carga física e psicológica sobre isso cai nas costas das mulheres. [...]
No tópico sobre “Violência Obstétrica” percebeu-se que em Unidade de Saúde de uma determinada RA do Distrito Federal que esse tipo de violência obstétrica é corriqueiro no cotiando no setor de Ginecologia/Obstetrícia. Essa violência se dá com discursos pejorativos em desagravo as parturientes em um momento que deveria ser tão sublime, “nascimento de uma vida”. Alguns profissionais desse Setor violam os direitos dessas mulheres com algumas frases: “... na hora de fazer você achou bom”..., “... na hora de fazer você não gritou”..., “... agora tem que aguentar a dor”... etc., dentre outras falas de opressão e humilhações.
No segundo momento tivemos a convidada Doula Elaine, que nos proporcionou grande contribuição sobre o conceito do "o que é uma Doula?". Seus desafios, projetos e metas, junto ao acolhimento e acompanhamento das mulheres grávidas, durante os nove meses de gestação, parto e pós-parto.
Esclareceu sobre a Política Institucional de Doulas, a luta para regulamentação como profissão. Falou-nos sobre os direitos das gestantes, sobre o plano de parto, sobre as leis que rege e garante os direitos das mesmas.
Finalizamos com uma roda de encerramento, onde cada participante expressava "o que levaria de tudo que se foi debatido no dia?" E "o que deixaria de mensagem?"



Ana Maria José e Amanda
Quinto Encontro da Turma das PLP's de Ceilândia, 13 de maio de 2017, Ceilândia.


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Leia também a relatoria do nosso 4° encontro.



quarta-feira, 17 de maio de 2017

[4° Encontro da Turma de Promotoras Legais Populares da Ceilândia. Tema do dia: É tempo de escuta e de fala]

Para ratificar que Juntas somos mais fortes! Os trabalhos no curso da Ceilândia continuam a todo vapor! É produção de conhecimento ao Direito das Mulheres e muita emoção a cada minuto desses sábados de manhã. Confere aí um pouquinho de como foi!


[06/05/2017]


O encontro do dia 06/05 começou com a "dinâmica do bis". A facilitadora Carol Mesquita entregou um bis para que cada mulher o segurasse com o braço estendido, sem poder flexioná-lo nem usar o outro braço livre. A proposta e objetivo eram que, mesmo estando com o braço imobilizado, todas conseguíssemos comer bis. A solução foi intuitiva e imediata para todas: se ajudar! Dessa forma, uma comendo o bis da mão da outra e vice-versa, todas conseguimos comer. Ao final, a reflexão que ficou foi que, por mais que muitas vezes nos sintamos incapazes sozinhas, juntas somos mais fortes, o que foi poeticamente resumido pela Laura como: "sozinhas somos pétalas, juntas somos rosa".
Em seguida, fizemos grupos de mais ou menos 7 mulheres para falarmos de momentos em que nos sentimos empoderadas e também sobre momentos em que não nos sentimos, dinâmica conduzida pela Maysa, Isabella e Laura. O tempo estabelecido inicialmente de 25 minutos não foi prorrogado, para que observássemos se no nosso grupo ficou alguma mulher sem falar (o que de fato aconteceu em alguns grupos)  e refletirmos sobre a necessidade de dar a cada mulher o seu tempo de fala, ponderando o nosso próprio tempo. Depois do lanche, fizemos a roda grande com todas e compartilhamos mais sobre o que havíamos discutido nos grupos. Um momento impactante foi quando a Dayane recitou o poema "Conselhos para a mulher forte", da Gioconda Belli, de 1948.
Depois, a Ingrid finalizou o encontro com a dinâmica da gratidão, na qual cada uma falava pelo que se sente grata na vida, o que ensejou as mais variadas respostas e um momento muito bonito e emocionante.

Fabi Linhares


Quarto Encontro da Turma de Promotoras Legais Populares/DF, Ceilândia, 06 de maio de 2017.

Sentiu só a energia desse curso? Deu vontade de se juntar? Ainda dá tempo de integrar a turma de São Sebastião! A formação da Turma do Curso de Promotoras Legais Populares de São Sebastião já se iniciou, mas as inscrições ainda estão abertas! Dia 20 de maio, sábado, no Centro de Ensino Médio 01 de São Sebastião, das 9h às 12h!

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Leia também a relatoria do nosso 3° encontro

quarta-feira, 10 de maio de 2017

[3° Encontro da Turma de Promotoras Legais Populares da Ceilândia. Tema do dia: Educação Popular]

Nosso terceiro encontro realizado no Núcleo de Prática Jurídica da Universidade de Brasília-UNB, na cidade de Ceilândia/DF, turma formada exclusivamente por mulheres sem discriminação de cor, crença religiosa, condição social, escolaridade ou de qualquer outra ordem, colaboraram com este relatório Kátia Vasconcelos, Consuelo e Pastora Maria Trindade.

[29/04/2017]

Espaço aconchegante e acolhedor para o compartilhamento das experiências, respeitando a ordem citada acima, foram realizadas dinâmicas expressivas ao tema apresentado “SUA VIDA EDUCACIONAL FAMILIAR E ESCOLAR”, criando grupos em círculos para que cada participante se expressasse sobre a educação recebida em seus ambientes escolares e familiares.
Após as experiências serem compartilhadas livremente umas com as outras, formou-se um único círculo e foi aberta para as discussões.
No dia 29 de abril de 2017, foram discutidas questões levantadas pelas participantes do encontro: Educação Tradicional; Educação Popular; Intolerância Religiosa; Argumentação sobre Estado Laico; Reflexões sobre a evolução da educação no Brasil; questionamentos sobre instrumentos como forma de manifestação cultural; liberdade de escolha e respeito.
Nas dinâmicas apresentadas durante o encontro, construiu-se como instrumento de comparação da educação tradicional a uma “locomotiva Humana” com pouca interação entre as voluntárias, enquanto o uso da “Capoeira” na educação popular houve uma maior participação entre as todas as mulheres, se trata de um tema muito complexo porque o Brasil compõe de diversos grupos sociais e culturais e a educação é um direito de todos, sabemos que suas aplicações vêm sendo discutida há décadas por toda sociedade para a construção de um novo modelo de educação. Dentro desse assunto os tambores entraram em discussão, pois mesmo sendo a capoeira uma prática ensinada e aceita por muitos, ainda há preconceitos com relação ao uso de seus tambores. Houve questionamentos na roda de diálogo; sem os tambores, não faz sentido relatar as práticas da capoeira no contexto histórico. Trata-se de um instrumento histórico usado nas festas religiosas e nas rodas de capoeiras.
O nosso país se declara um estado laico onde o poder do estado é imparcial, não apoiando e nem se impondo às práticas religiosas. Percebemos que se trata de uma questão cultural e ao mesmo tempo de intolerância religiosa, pensando na questão educacional, o que falta é uma educação de qualidade, faltam investimentos na formação dos educadores, não se aplica os conhecimentos nas questões culturais do nosso país em salas de aulas, o gesto apresentado nos relatos mostra que o respeito e a liberdade de escolha entre ambas as partes precisam ser esclarecidas em suas instituições, o respeito pelo direito de escolha e ajudar uns aos outros como lida com sua escolha, só assim haverá uma verdadeira liberdade de expressão em nossa nação.
Uma das participantes sugeriu que cada uma fizesse seu caderno de afetação como registro de memórias dos temas discutidos e abordados finalizando nosso encontro com a aprovação de todas.

construção da máquina humana.
Quer saber mais? Se liga aí!

  1. Capítulo 8 - A tradição Viva -  de A. Hampaté Bâ. Volume I - Metodologia e Pré-História da África da Coleção de História Geral da África. UNESCO. Link: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=205171

  1. Livro A pedagogia do Oprimido de Paulo Freire.

  1. Livro Pele da cor da noite de Vanda Machado. Link: http://filosofia-africana.weebly.com/textos-diaspoacutericos.html
Fonte: Site Colaborações entre os estudos das africanidades e o ensino de filosofia.

  1. Vídeo ou filme???????

  1. Texto O outro de Carolina Freire. Link: https://petdirunb.wordpress.com/2016/11/05/o-outro/


quinta-feira, 4 de maio de 2017

[2º Encontro da Turma de Promotoras Legais Populares da Ceilândia]

No nosso segundo encontro, continuamos com os trabalhos.

As mulheres tiveram a missão de listar o que gostariam e o que não gostariam de estar presente ao longo do curso e aqui segue a relatoria maravilhosa contando tudo o que aconteceu!

[22/04/2017]


No dia 22/04 começamos com uma dinâmica "dos contrários" a fim de nos aquecer, nos organizar e esperar que mais pessoas chegassem. A dinâmica foi dirigida pela Carol Freire e consistia em respondermos aos comandos dela, só que ao contrário: quando ela nos mandava pular, agachávamos e vice-versa; quando nos mandava gritar, cochichávamos e vice-versa; assim, os comandos aumentavam cada vez mais a velocidade e terminamos gargalhando e nos divertindo com as confusões feitas quando começamos a aumentar a velocidade do jogo.

Ao fim da dinâmica, nos apresentamos de maneira breve, pois havia mulheres que estavam indo pela primeira vez naquele dia. Após a breve apresentação, nos separamos em 6 grupos, cada um com uma facilitadora, pois com um número reduzido de mulheres a comunicação se torna mais fácil.
Nesses grupos menores organizamos em "o que queremos" e "o que não queremos" durante e dentro do curso. Além disso, precisávamos encontrar pontos em comum que nos identificássemos como um grupo homogêneo.
Findada essa etapa, voltamos ao grande círculo, daí cada grupo expôs suas listas das coisas que queriam e não queriam e, conforme iam falando, a facilitadora Karol transcrevia para um papel maior - que ao final pregamos na parede para que pudesse ser consultado por qualquer cursista a qualquer momento ao longo do curso.
Depois, em uma cartolina branca, formando uma árvore, cada uma escreveu seu nome onde se sentia melhor em relação à árvore, fosse como raiz, alimentando o projeto; como tronco, conduzindo o alimento das raízes às folhas; ou ainda como folhas, absorvendo energia, respirando e expirando essa energia para além da própria árvore. Enquanto as mulheres nos dirigíamos para escrever nossos nomes, cantávamos "Companheira me ajude que eu não posso andar só, eu sozinha ando bem, mas com você ando melhor". Foi um momento bastante especial e emocionante para todas as mulheres e ali firmamos um pacto ético com o grupo de preservamos o grupo como um ambiente seguro e acolhedor.
Por fim, a facilitadora Ludmila conduziu uma dinâmica de encerramento que consistia em cochichar no ouvido da pessoa que estivesse a sua esquerda - dentro de um grande círculo - uma mensagem boa, um elogio, algo motivacional, etc.

Carol Rath



Se quiser participar do Curso Promotoras Legais Populares 2017, ainda dá tempo! Dia 13 de maio estreia nossa turma de São Sebastião, que vai acontecer no Centro de Ensino Médio 01 das 9h às 12h. As inscrições poderão ser feitas no dia e local.
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