5ª OFICINA DE 2025
A raça, no Brasil, é um fator que impacta profundamente a realidade social da população. Apesar de o país se autodefinir por muito tempo como uma nação miscigenada e sem racismo, os dados sociais revelam outra realidade: a desigualdade racial está presente em praticamente todos os aspectos da vida cotidiana. Pessoas pretas e pardas, que compõem a maioria da população brasileira, são as que mais enfrentam dificuldades econômicas, exclusão social e acesso limitado a serviços básicos como saúde, educação e segurança. Essa diferença não é natural, mas sim fruto de um processo histórico de escravidão, marginalização e falta de políticas públicas efetivas que promovam igualdade. Enquanto a branquitude muitas vezes ocupa posições de poder e privilégio, os grupos racializados continuam lutando por reconhecimento, justiça e equidade. A compreensão da raça como uma construção social é fundamental para entender como ela estrutura desigualdades e como enfrentá-las de forma consciente e transformadora.
Nesta oficina fizemos a divisão de pequenos grupos para leitura de textos correspondentes a raça autodeclarada pelos integrantes. Esta divisão nos proporcionou perceber qual a relação entre as nossas experiências individuais e quais experiências correspondem a realidade estrutural que nos condiciona a situações e realidades que perpassam nossas experiências como um todo, nossa luta e nossos sonhos, pois a população negra no Brasil ainda enfrenta grandes obstáculos para acessar espaços de poder e liderança, mesmo sendo maioria em nosso país, ainda são sub-representadas em cargos políticos, executivos, acadêmicos e de tomada de decisão.
A ausência de representatividade não reflete apenas números, mas também a dificuldade em romper barreiras impostas por estereótipos e discriminações que limitam o avanço de pessoas negras em posições de destaque. Essa desigualdade é resultado de um histórico de exclusão social, racismo estrutural e falta de oportunidades iguais. Promover a inclusão nesses espaços é essencial para construir uma sociedade mais justa e democrática, além de proporcionar a reparação histórica de um povo.
Relatoria da facilitadora: Lídia Reis
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