sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Relacionamento abusivo - 24/09/22

 


A oficina do dia 24/09 teve como temática central dialogar sobre relacionamentos abusivos. Crescemos em uma sociedade onde cria-se no nosso imaginário, leia-se o que é dito do “universo feminino”, estereótipos do ideal de amor romântico. Na idealização desse amor, às vezes, nos sujeitamos e permanecemos em relacionamentos que não são saudáveis. Esta breve contextualização introduz um pouco da dinâmica da oficina de sábado. Ao iniciarmos, haviam balões vermelhos espalhados pela sala. As facilitadoras pediram para que ficássemos em volta dos balões, enquanto, uma delas lia situações, que poderiam já ter sido vivenciadas pela pessoa ou por outra do seu círculo de convívio, como por exemplo: “se você já sentiu medo ou deixou de falar algo para evitar uma briga. Estoure o balão”. Ao final da dinâmica todos os balões estavam estourados e, isso propiciou uma reflexão sobre o quão um relacionamento pode ser destrutivo e deixar marcas irreparáveis na vida da pessoa. Com isso, as mulheres compartilharam seus sentimentos e vivências de relacionamentos abusivos, bem como, falaram do papel da família, da religião e de amigos que ajudaram no despertar de consciência para sair do relacionamento tóxico ou que legitimaram algumas atitudes diante do respaldo sociocultural que reforça comportamentos machistas de que “homem é assim mesmo, você tem que aceitar”. Dialogamos sobre os relacionamentos abusivos em relações hétero e homoafetivas. Foi interessante também a reflexão de que é preciso fazer uma autoavaliação de que também podemos ter características e atitudes que são tóxicas, por isso é importante compreender, dialogar com quem é afetado e procurar evoluir. Após a pausa para o lanche, teve um 2° momento, no qual escrevemos sentimentos que foram despertados a partir da 1ª dinâmica e que queríamos nos libertar deles. Assim, citaram raiva, medo, aflição entre outros. Rasgamos os papéis e colocamos em uma panela que remetia a uma fogueira. No 3° momento, discutimos sobre a ação prática do curso e a formatura.


                                           Júlia Castro, cursista da turma do ano de 2022.







"Política, participação política, democracia e autoritarismo, movimentos sociais e partidos políticos" - 27/08/22




Pensar política traz consigo inúmeras inquietações, principalmente por se tratar de uma temática de difícil compreensão para alguns, pois culturalmente existe uma descrença que reverbera sobre a forma como a população entende e espera do assunto.

É importante ressaltar que para além das esferas partidárias entende-se que fazer política e viver política é proporcionar ao ser o acesso e o direito à vida, à moradia, à saúde, à educação. Em suma, a política foi criada para regular os conflitos sociais.

No último encontro das PLP'S falamos um pouco de assuntos que muitas vezes preferimos ignorar: política. Tudo começou com uma dinâmica com o balão e música e quando a música parava que tinha tocado por último no balão teria que responder uma pergunta acerca do tema voto e política. Foi interessante que recebi a pergunta qual seria minha proposta se fosse deputada por um dia. Recebemos alguns papéis com as palavras senadores, deputado federal e deputado distrital e tínhamos que relacionar com funções de cada um. Foi incrível como quase as duplas relataram alguma dificuldade para completar de forma correta, pois muitas de nós nunca tivemos contato com o assunto. Achei interessante uma pergunta que foi feita na primeira dinâmica: Qual é sua estratégia para votar. E desse questionamento surge várias opiniões, se devemos ter estratégia para votar, se é necessário um voto “útil” na polarização que estamos vivendo em 2022. Não é um tema fácil de ser debatido, mas tudo foi feito com leveza no nosso encontro.

                                               Ana Barbosa, cursista da turma do ano de 2022.







Direitos sexuais e reprodutivos (violência obstétrica, aborto, contracepção, pobreza menstrual) - 13/08/2022

 





Temáticas que contenham abordagens que fazem ligação ao corpo da mulher trazem consigo uma série de relatos. Nesta oficina trabalhamos em conjunto a análise do tema, onde  notou-se que apesar de boa parte das mulheres presentes não terem vivenciado o parto, ainda assim muitas já tiveram acesso a histórias de amigas, mães, avós e tias que foram vítimas de violência durante o puerpério.

Foram organizados grupos para que pudéssemos ter conhecimento sobre abordagens diversas como: quais eram os possíveis métodos contraceptivos para uso, sobre quais mulheres eram afetadas quanto ao que diz respeito a pobreza menstrual e de que forma o Estado possui responsabilidade sobre essa realidade, além de também termos tratado sobre aborto e violência obstétrica.

De modo geral esta oficina nos possibilitou mais uma vez ampliar nossa visão sobre a realidade que alcançam nossos corpos e de que modo podemos coletivamente construir um saber que proporciona as mulheres o reconhecimento sobre os próprios direitos.