2ª OFICINA DE 2025
Um diário de bordo é uma forma afetiva e reflexiva de registrar momentos significativos de um percurso. É como uma memória escrita que acompanha os passos de um processo coletivo, permitindo que sentimentos, aprendizados e trocas não se percam com o tempo. A proposta aqui é justamente essa: guardar com carinho os momentos deste curso que terá vários encontros, onde cada pessoa presente poderá compartilhar suas vivências, ideias e sentimentos. Por isso, nossa troca merece ser registrada com cuidado e atenção.
No primeiro encontro, começamos refletindo sobre o que é educação formal, e representamos com nossos corpos como ela é percebida por nós: rígida, padronizada, muitas vezes distante das nossas realidades. Em seguida, fizemos o mesmo exercício, mas agora pensando sobre a educação popular. Nossos corpos expressaram liberdade, escuta, acolhimento e movimento – uma outra forma de viver e construir o conhecimento.
A partir disso, iniciou-se uma troca muito rica sobre o que é, de fato, a educação popular, e especialmente, sobre a presença da mulher nesses espaços. Falamos de resistência, de protagonismo, de cuidado e de saberes que nascem da vida. Em meio a essa conversa, por coincidência (ou talvez nem tanto assim), alguém mencionou uma frase muito parecida com a que aparece no livro da imagem que a minha irmã usava para anotar as reflexões da nossa conversa:
“Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.” – Paulo Freire
Essa lembrança me levou imediatamente a pensar em Lélia Gonzalez, mulher negra, intelectual, ativista, que também nos ensinou tanto sobre a importância do saber popular, da ancestralidade e do papel das mulheres na luta por uma educação libertadora.
Por enquanto, foi só o começo de uma caminhada que promete ser transformadora.
Relato da cursista: Sara Almeida Vargas
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