domingo, 29 de outubro de 2017

[14/0102017] Relacionamento abusivo e feminicídio- CEILÂNDIA

O último encontros das PLPs começou com o planejamento da ação interventiva de final de curso, com muitas ideias e muito trabalho pela frente. Após o lanche coletivo, as facilitadores deram início à Oficina sobre violência contra a mulher.

A oficina começou com uma dinâmica em que as facilitadoras espalharam balões vermelhos pelo chão e começaram a ler frases que descreviam relatos de violência contra a mulher. A ideia da dinâmica era que a cada frase lida, as mulheres que se identificassem com os relatos estourassem um balão. Começa a dinâmica e as frases lidas retratam situações diversas de violência, das mais simbólicas às mais fatais. A cada frase, muitos balões estourados. A cada estouro, um aperto no peito.

Com o término da dinâmica, retomamos a roda de conversa e as mulheres que se identificaram com os relatos começaram a contar suas próprias experiências. Muitas mulheres falaram das violências sofridas por maridos, namorados e namoradas, irmãos e pais. Compartilharam histórias tão íntimas e dolorosas quanto semelhantes. A sensação de impotência diante da violência parecia comum entre as mulheres, mas também parecia comum a sensação de força e empoderamento no ato de falar sobre si entre outras mulheres.

A conversa seguiu até o fim da manhã com muito respeito e acolhimento entre as mulheres. Algumas apontaram que a violência doméstica também acontece em relacionamentos homoafetivos, embora ainda seja a mulher a maior vítima fatal desse tipo de violência e o homem o seu responsável. Nesse sentido, discutimos nossa maneira de amar e de expressar nossos sentimentos, nossa educação e cultura para o amor que, frequentemente, nos coloca em situação de violência e anulação.

O encontro terminou com um desejo de praticar mais o auto cuidado e com muita solidariedade e afeto entre as mulheres.

Angélica Duarte

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